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Volta às aulas reaquece venda de material escolar
Por Clarissa Cavalcanti
Do Diário do Grande ABC
15/07/2005 | 08:26
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Os atacadistas de material escolar e papelarias estão aproveitando ao máximo o bom momento que a economia brasileira viveu desde o agosto do ano passado até o começo de junho deste ano e esperam vender bastante na volta às aulas, na primeira semana de agosto, mesmo com os sinais evidentes de desaceleração econômica.

A expectativa geral é de que as vendas na reta final de julho sejam 20% maiores do que em um mês normal, como maio, por exemplo. Algumas empresas, entretanto, esperam movimento até 30% maior do que em julho de 2004, na crença de que há mais dinheiro no bolso dos pais neste ano.

O Atacadão Jandaia, que também fabrica toda a linha de material escolar, diminuiu as exportações e apostou firme no mercado interno. A volta às aulas deve registrar na companhia, segundo o diretor comercial, Ricardo Bignardi, no aumento de 20% no faturamento e de 30% no volume de vendas em relação a julho do ano passado.

O campeão de vendas nesta época é o caderno, segundo Bignardi. Para atrair as papelarias, o Jandaia está com promoções em quase toda a linha de produtos. "Ainda não fechamos o balanço mas esperamos um bom resultado. As lojas estão comprando para repor o estoque e aumentou o número de prefeituras que compram material no meio do ano".

A Rede Brasil Escolar, que trabalha com papelarias associadas do país inteiro, também espera um aumento de 20% no movimento na comparação com os demais meses do ano. A empresa faz a intermediação das lojas com os fabricantes e fechou em maio um acordo para a entrega de material escolar, em julho, com preços atrativos.

De acordo com o diretor de comunicação da Rede Brasil Escolar, Said Tayar, o faturamento cresce nessa época porque muitas lojas e prefeituras deixam para comprar o material agora, pagando até 25% mais. No Brasil existem 25 mil papelarias, que movimentam R$ 4 bilhões de reais por ano. Segundo Tayar, a volta às aulas do segundo semestre representa 20% do faturamento das lojas e o começo do ano 70%.

Entre as papelarias da região também há otimismo, só mais moderado. A rede Nivaldir espera um crescimento de até 10% nas vendas na comparação com os meses "normais" do ano. Segundo o gerente da loja do Centro de São Bernardo, Cristiano Frangonari, as pessoas deixam para comprar na última hora e levam mais material de reposição, como lápis, borracha e cadernos.

Na papelaria Bazar Carrossel, de Santo André, o proprietário Gilmar Dadério está mais otimista e espera um crescimento de até 40%, embora sem muita base para tal previsão. Para chamar a atenção dos clientes ele promete descontos à vista e parcelar as compras em até três vezes.

Alguns consumidores já anteciparam as compras. A estudante de psicologia Vivian Langhi e a amiga Silvia Rodrigues Drago, que estuda administração, resolveram comprar antes o material para o segundo semestre. Elas pesquisaram os preços nas lojas do Centro de São Bernardo e compraram cadernos e estojos. "Resolvemos levar logo porque depois as lojas ficam cheias e o material acaba", diz Vivian.




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