Adesivaço realizado ontem à noite em apoio ao governador e candidato à reeleição Márcio França (PSB) teve pouca adesão em Santo André. A atividade política, que aconteceu em frente ao Estádio Bruno Daniel, na Vila América, reuniu lideranças partidárias, como o presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote (Avante), e o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Cícero Martinha (SD).

A atividade, que ocorreu simultaneamente nas sete cidades, faz parte da estratégia da campanha do governador para demarcar o nome de França na região. Enquanto a equipe do Diário esteve no local, por 50 minutos, só um carro apareceu para participar do ato e colocar adesivo. A movimentação dos outros automóveis era de assessores parlamentares e militantes partidários.

“Passei aqui porque já votei no Márcio França no primeiro turno e vou votar nele novamente. Acho que ele tem chance de ganhar”, comentou o autônomo Alessandro Ricardo David, 38. “Gostaria muito que o França trouxesse o Metrô para o Grande ABC e que melhorasse a Segurança.”

França precisa reverter quadro desfavorável na região para poder ter chances de vencer o candidato João Doria (PSDB) no embate do segundo turno. Os articulistas da campanha do socialista planejaram diversas atividades no Grande ABC nas próximas duas semanas que antecedem o segundo turno.

“Esse foi um pontapé inicial para reforçar o nome de França na região. No próximo fim de semana é provável que ele esteja aqui”, afirmou Cicote. “Estamos atrás de votos de eleitores de Jair Bolsonaro (candidato do PSL à Presidência) e de petistas. Voto não tem ideologia”, discorreu o presidente da Câmara. Questionado sobre a baixa adesão, o parlamentar minimizou. “Já passaram 60 carros pedindo adesivos da campanha do governador. Todos de forma espontânea.”

Chamou a atenção, no ato, a participação de um apoiador da campanha de França que utilizava camiseta de Bolsonaro. “Eu apoio Bolsonaro e apoio Márcio França ao governo do Estado. Sempre fui anti-PSDB”, contou Cleiton Argentini, 38. Ele revelou que foi petista no passado, mas que, ultimamente, não tem conseguido mais votar no PT. “Resolvi mudar. Hoje vejo Bolsonaro como grande político.”