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Tráfico de drogas lidera Disque-Denúncia
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
03/09/2007 | 07:26
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Tráfico de drogas, jogos de azar, especialmente caça-níqueis e maus-tratos contra crianças, são os três principais crimes denunciados no primeiro semestre deste ano na região por meio do Disque-Denúncia.

Foram feitas 1.930 denúncias de janeiro a junho por meio do telefone 181 englobando esses três crimes.

Em quarto lugar no ranking ficou captura de procurado, com 115 casos, e estelionato, com 86 denúncias.

O tráfico, jogo de azar e maus-tratos contra crianças, nessa ordem, foram também as principais denúncias em cada uma das seis cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra, que em segundo lugar teve captura de procurado.

Repressão - “O tráfico e suas conseqüências incomodam muito a sociedade e faz com que o crime seja mais denunciado. As denúncias deveriam nortear mais as estratégias de repressão da polícia”, afirmou o ex-secretário nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente da Silva.

“O tráfico é um problema mais social que policial. Fizemos muitas prisões, mas surgem outros criminosos nos locais para substituir o comando”, afirmou o delegado seccional de São Bernardo, Marco Antônio de Paula Santos, responsável também por São Caetano.

“Os caça-níqueis ganharam destaque neste ano após a decisão do recolhimento das máquinas e diversas operações realizadas pela polícia”, contou o delegado.

O que se constata também nos números apresentados é o baixo índice de casos resolvidos. A taxa de tráfico no Grande ABC, por exemplo, ficou em 9,59 %.

“Ocorrem muitos trotes, falsas acusações e crimes inexistentes. Apesar disso, o serviço auxilia muito o trabalho investigativo”, disse o delegado seccional de Santo André, Luiz Alberto de Souza Ferreira.

Estatísticas - O alto índice de denúncias envolvendo tráfico de drogas pode ser explicado também pelo aumento de casos registrados em todo Estado de São Paulo no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período do ano passado.

O crescimento foi de 26,92%. Nos seis primeiros meses de 2006, foram contabilizados 9.014 casos, contra 11.441 ocorrências neste ano.

De acordo com o sociólogo e coordenador da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento) da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Túlio Kahn, a taxa é um indicador da atividade policial.

Ou seja, para Kahn, houve mais registros de tráfico por causa do trabalho da polícia que realizou as apreensões. Segundo o sociólogo, somente pesquisas envolvendo dependência são capazes de aferir o aumento da atividade criminal.



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