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Reféns das grades

‘Carcereiros’, que estreia amanhã na Globo, mostra profissional até então ‘esquecido’

Por Miriam Gimenes
25/04/2018 | 07:00
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Marcelo Tabach/Rede Globo/Divulgação


 Ninguém fica incólume ao ouvir o som de abrir ou fechar as grades de uma prisão. Seja para quem fica recluso, seja para quem tem como principal responsabilidade cuidar para que elas permaneçam fechadas – e seguras. Ter essa experiência muda a vida de uma pessoa completamente. Exemplo disso é Adriano (Rodrigo Lombardi), cuja história começa a ser contada amanhã na série Carcereiros, após O Outro Lado do Paraíso, na Globo.

Dividida em 15 episódios, a produção, dirigida por José Eduardo Belmonte – e escrita por Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Denisson Ramalho – mostra, pela primeira vez, a vida de um agente penitenciário, popularmente chamado de carcereiro, sob os pontos de vista profissional e humano. A inspiração veio da obra homônima de Drauzio Varella.

O agente, que trabalha na penitenciária Vila Rosário, é formado em História, mas decidiu seguir na profissão porque o pai, seu grande herói, Tibério (Othon Bastos), também o foi. Ali vive situações extremas, como se é de imaginar, desenvolve a habilidade de negociação e descobre o valor que a palavra tem.

Rodrigo, que entrou no projeto de última hora, já que quem estava escalado para viver o agente era Domingos Montagner (1962-2016), classifica este como o melhor trabalho de sua carreira. “Para quem assistir será fácil notar que o Adriano vai nascendo no decorrer da série. E o bom dessa história é mostrar que existe o carcereiro e existe o humano. A questão humana é o forte. Até onde ele pode chegar nesta posição, em um limite quase primal.”

Além de ser um papel muito importante, o ator destaca a abertura da sua consciência cidadã, já que só se sabe o que se passa dentro de uma cadeia vivendo essa experiência, seja preso ou trabalhando. “Tudo o que acontece na série tento me colocar no lugar para saber se conseguiria fazer diferente. Tomara que nosso trabalho leve as pessoas a valorizarem mais a liberdade.” Bonassi, um dos autores, também chama a atenção do público. “É preciso olhar para a violência de uma maneira neutra e humana.”

Esta temporada, que começa a ser transmitida agora, já estava disponível desde o ano passado no streaming da Rede Globo, o GShow. A demora em vir para o canal aberto – que ganhou três episódios inéditos — foi porque, no ano passado, Rodrigo estava no ar, em A Força do Querer. E, neste meio-tempo, ganhou o Grande Prêmio do Júri do Mip Drama, em Cannes.

O entrosamento foi tanto que a equipe já está filmando a segunda temporada, em uma locação em São Paulo, e se cogita fazer um longa. Para isso, tem time e tanto. Também estão no elenco Mariana Nunes, Giovanna Ríspoli, Aílton Graça, Tony Tornado, Lourinelson Vladmir, Jean Amorim e Nani de Oliveira, Chico Diaz, Matheus Nachtergaele, Projota, Letícia Sabatella, Carol Castro, Caco Ciocler, Gabriel Leone, Samantha Schmutz, entre outros.




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