O deputado estadual Luiz Turco (PT) acredita que se o modelo de distritão for aprovado na reforma política, as chances de reeleição e até de expansão da bancada petista na Assembleia Legislativa podem ser reduzidas no pleito do ano que vem.

De acordo com o modelo debatido no Congresso, seriam eleitos os candidatos mais votados, em ordem decrescente, acabando assim com o critério de proporcionalidade. Para o Parlamento paulista são 94 cadeiras e, hoje, 15 delas são de petistas.

“Existe insegurança em todos os partidos e não haverá reforma política, no máximo um pacote eleitoral para tocar o pleito de 2018. Se formos disputar nas regras da eleição municipal, poderemos ter uma vez e meia o número de candidatos, o que daria até 141 candidaturas para estadual e 105 para federal. Se aprovar o distritão, só poderemos apresentar 60% das cadeiras atuais, o que reduziria muito o número de postulantes. A ideia de lista fechada dificilmente será aprovada”, lamentou o parlamentar.

Na visão de Turco, por outro lado, o projeto do PT de Santo André de ter duas candidaturas – o vereador Eduardo Leite disputaria uma cadeira na Câmara Federal – favorece o projeto de permanência no Legislativo paulista. “Essa tem sido a principal discussão interna e estamos tentando unificar o partido, para buscarmos voltar ao poder, em 2020”, reconheceu.

Para Turco, a possibilidade de o ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PCdoB) lançar candidatura à Assembleia em 2018 não afeta seus planos de reeleição. “Sei que ele (Siraque) é pré-candidato e o próprio governo atual (do prefeito Paulo Serra, PSDB) também terá diversas candidaturas. Mas não acho que será diferente das outras vezes. A situação é mais difícil para todos os atores políticos, em um quadro sem financiamento privado e com a alta rejeição da classe política no contexto geral”, analisou o petista.

Outra estratégia adotada por Luiz Turco ao longo do mandato foi intensificar ações e destinar emendas para municípios do Interior, como Andradina, Conchas, Itápolis e Piedade.