Depois de conseguir negociar o aumento de 100% do cartão servidor em Ribeirão Pires, o Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores de Escolas Municipais) reclama de não haver mais diálogo entre a categoria e a Prefeitura.

“A coisa está complicada aqui. O governo (de Adler Kiko Teixeira, PSB) não está levando a negociação com seriedade, não pretende pagar piso dos professores”, afirmou a presidente da entidade, Perla de Freitas.

O aumento dado aos servidores, por meio de cartão alimentação, foi feito como uma forma de compensar a ausência de reajuste no salário dos servidores. A administração trabalha acima do limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que estabelece o índice de 51,3% da receita para gastos com folha de pagamento. Hoje, o Paço utiliza 52,55% da arrecadação para pagar seus funcionários. O teto é de 54%.

“Eles (Prefeitura) estavam negociando (com o Sineduc), fizeram um primeiro gesto de boa vontade, que foi o de reajustar o cartão servidor, de compras. O combinado era continuar a negociação (depois do reajuste do cartão, mas isto não foi feito). Eles alegam que o orçamento não permite dar o piso mínimo do professor, alegam que não tem verba”, disse Perla. A presidente ainda informou que o dissídio também não foi quitado pela administração. Caso o imbróglio não se resolva logo, existe a possibilidade de ser feita uma greve.

O Paço informou, por meio de nota, que “a Prefeitura de Ribeirão Pires estuda desde o início deste ano medidas alternativas para a valorização de todos os profissionais que atuam na administração municipal sem, com isso, extrapolar os limites destinados à folha de pagamento de funcionários estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”.