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Morando convida, e Doria põe Capital no Consórcio
Júnior Carvalho
16/07/2017 | 07:17
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Ari Paleta/DGABC


Durante ação conjunta contra pichações no bairro Taboão, na divisa de São Bernardo com São Paulo, o prefeito Orlando Morando ofereceu ao chefe do Executivo da Capital, João Doria (ambos do PSDB), assento permanente no Consórcio Intermunicipal. Doria prontamente aceitou o convite e indicou o secretário adjunto das Prefeituras Regionais, Fábio Lepique, para o posto.

O convite, segundo Morando, que é presidente do colegiado de prefeitos do Grande ABC, se justifica pelo fato de São Bernardo e outros quatro municípios da região serem limítrofes à Capital: Santo André, São Caetano, Mauá e Diadema, que recentemente deixou de integrar a entidade. Morando também já havia cedido espaço a representante do governo Geraldo Alckmin (PSDB) – o escolhido foi Edmur Mesquita (subsecretário estadual de Assuntos Metropolitanos) e ao governo federal no Consórcio.

Morando e Doria promoveram ontem à tarde, pela primeira vez, ação conjunta de limpeza urbana e de prédios públicos na divisa entre os dois municípios. Acompanhados pelos vice-prefeitos da Capital, Bruno Covas (PSDB), e de São Bernardo, Marcelo Lima (SD), os tucanos pintaram portão instalado em muro que separa as duas cidades. Depois, plantaram mudas em uma rotatória. A ação seguirá durante a semana e envolve ao todo 457 pessoas e 80 equipamentos, com mão de obra e ferramentas dos dois municípios. Só em São Bernardo, 300 equipamentos públicos foram revitalizados desde o começo do ano, segundo o prefeito.

A exemplo da Capital, que no atual governo idealizou o programa Cidade Linda, São Bernardo desenvolve o projeto Parede Limpa. Ambas as ações têm como objetivo a revitalização de prédios e espaços públicos, além do combate à pichação. “Os grafiteiros nós tratamos como artistas, mas pichador é bandido”, declarou Morando. Desde o início do mandato, os dois tucanos têm declarado guerra aos pichadores, criando leis específicas para punir quem for pego pichando monumentos, prédios tombados e imóveis públicos e particulares.

CANDIDATURA
O evento foi recheado de discursos políticos, gritos contra o PT e falas enaltecendo a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi sentenciado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba (Paraná), a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Doria foi aclamado pelos presentes como “futuro presidente do Brasil” e Morando, governador paulista. Os dois, porém, desconversaram sobre possíveis candidaturas na eleição do ano que vem. “Nós somos candidatos a sermos bons prefeitos. Ele (Morando) em São Bernardo e eu em São Paulo”, disse Doria, que já havia falado em “vitória”, “basta de PT” e desafiou Lula a ser “derrotado na urna”. “Foi o PT do Lula e da anta da Dilma (Rousseff, ex-presidente) que deram ao Brasil a pior recessão da história. É no voto que vamos ganhar do PT e de outros sem vergonhas que pretendem voltar. Nós não vamos deixar”, discursou o prefeito da Capital.




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