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Gavioes quer fazer as pazes com Edílson
Nelson Cilo
Especial para o Diário
30/06/2000 | 00:13
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  A Gavioes da Fiel já admite o erro e decidiu estender as maos para Edílson. O presidente da principal torcida organizada do Corinthians, José Cláudio Moraes, o Dentinho, telefonou nesta quinta ao atacante e nao conseguiu localizá-lo, mas deixou um recado na secretária eletrônica. "Vou explicar a ele que condenamos a violência daqueles que tentaram agredi-lo. Foram atitudes isoladas, que nao representam nosso pensamento", afirmou.   Dentinho disse que reconhece os exageros ocorridos na segunda-feira, no estacionamento do Parque Sao Jorge, mas entende que a Gavioes nao pretende pedir perdao de uma forma explícita. Afinal, segundo ele, tal gesto significaria vestir a carapuça e assumir diretamente a culpa no episódio. "Falhamos, sim, mas nao podemos nos responsabilizar pelo excesso de alguns. Nao aprovamos o que aconteceu", insistiu.

O líder do grupo acha que o contratempo nao deve servir de pretexto para a saída de um dos melhores jogadores da posiçao no futebol brasileiro. "Se depender de mim, a Gavioes fará de tudo para mantê-lo no Corinthians. Nao encontraremos um talento do nível dele", constata.

O craque, aliás, ganhou vários dias de folga para repensar a ameaça de abandonar o clube, mas ainda nao se reapresentou. O diretor Carlos Nei Nujud acredita que o caso estará resolvido até domingo, pois, na segunda-feira, o time inicia uma pré-temporada em Atibaia. "Nao iremos forçar nada. Mas espero solucionar o problema o mais depressa possível", declarou.

O técnico Oswaldo 'Vadao' Alvarez também aguarda um desfecho, mas, a exemplo de Nei, considera desnecessário forçar a barra. "Está aí uma coisa pessoal do Edílson, que ficou muito magoado. Quanto mais você mexe no conflito, mais a situaçao piora", analisa.

No entanto, Alvarez acredita que a iniciativa da Gavioes de propor a reconciliaçao é o primeiro forte sinal de que a paz parece bem próxima. "Seria muito bom se tudo isso acabasse logo. Ninguém trabalha sob pressao", alerta.

O centroavante Luizao repetiu a solidariedade manifestada ao companheiro. O artilheiro reafirmou que a briga nao interessa nem ao Corinthians nem aos torcedores. "Se as ameaças persistissem, quem é que gostaria de continuar aqui?", perguntou.

Ricardinho, nao menos desanimado, é outro que reclama do ambiente ruim. O meia, normalmente discreto e comedido, já nao disfarça mais o descontentamento. "O clima anda pesado", denuncia.

Quanto aos eventuais reforços, o técnico Alvarez repetiu que nao indicou nomes aos dirigentes. Ele voltou a rebater os boatos de que o volante Vagner (Sao Paulo) e o goleiro Sílvio Luiz (Sao Caetano) estariam nos planos. "Até agora, nao existe nada de concreto. Nao vou realimentar especulaçoes".




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