A CPI que investigou as irregularidades no PAS da Câmara Municipal, que encerrou seus trabalhos na quinta-feira, constatou que por volta de R$ 1,7 bilhão foi desviado dos cofres públicos durante as gestões dos ex-prefeitos Paulo Maluf (PPB) e Celso Pitta (PTN). A Secretaria Municipal da Saúde repassou para as cooperativas do PAS um total de R$ 2,7 bilhões.

A relatora da CPI, a vereadora Myryam Athiê (PMDB), vai ter 15 dias para apresentar o relatório final, conforme o prazo regimental da Câmara. A votação deve acontecer na primeira semana de outubro e depois deve ser encaminhado ao ministério público.

Noventa pessoas foram ouvidas pela CPI do PAS ao longo dos seis meses de investigação.

A comissão constatou irregularidades nos empréstimos contraídos por doze cooperativas com os bancos Shahin Cury e Pine no valor total de R$56,2 milhões, que foram pagos pela prefeitura, sem a autorização da Câmara Municipal.

Além do empréstimo, a CPI apurou também que 22 toneladas de medicamentos, em perfeitas condições de uso, foram incinerados em dezembro de 2000, no final da gestão de Celso Pitta. Entre os medicamentos estavam remédios doados pelo Ministério da Saúde.