Atacante toma conta do jogo, faz gol, dá
duas assistências e deixa Seleção como vice
Pouco importa a fragilidade da Bolívia. Ontem, na Arena das Dunas, em Natal, o Brasil voltou a ser aquele time que amedronta os rivais, ainda mais os vizinhos da América do Sul. Precisão no passe e movimentação intensa, duas marcas da gestão Tite à frente da Seleção, desmontaram qualquer retranca que os bolivianos pudessem armar. A justa goleada por 5 a 0, terceira vitória consecutiva, manteve a equipe na vice-liderança das Eliminatórias, com 18 pontos, um a menos que o líder Uruguai.
Neymar fez o que quis. Tomou o jogo para si desde os primeiros minutos. Marcou, driblou, correu, armou e fez gol. Aliás, um tento histórico, pois foi o 300º na carreira do craque de apenas 24 anos. Só não foi uma noite perfeita porque outra vez não conseguiu controlar o nervosismo. Depois de tanto apanhar, também bateu, recebeu o amarelo e não enfrenta a Venezuela na terça-feira.
Fará falta, principalmente porque o jogador do Barcelona entendeu o tamanho da sua responsabilidade. Quando tinha dois ou três marcadores o cercando, distribuiu as jogadas e, assim, deu assistências para Filipe Luís e Gabriel Jesus balançarem a rede. Philippe Coutinho também já tinha marcado na goleada por 4 a 0 construída ainda no primeiro tempo.
Apesar da euforia do torcedor, que pagou caro no ingresso – R$ 150 o mais barato – e não parava de incentivar, o time naturalmente tirou o pé. Neymar tentava manter o ritmo forte e partia para cima dos marcadores, até receber cotovelada desleal no rosto e, por precaução, ser substituído. Tite poupou o jogador e já testou Willian na função.
Mesmo sem Neymar, o Brasil seguiu soberano, sem ser ameaçado e aproveitando os erros da defesa boliviana. Roberto Firmino, que substituiu Gabriel Jesus, deu números finais ao duelo ao cabecear na área.
Não deu para avaliar a evolução do Brasil no terceiro jogo nas mãos de Tite tamanha a fragilidade do adversário. O que deu para notar é um grupo unido e que aposta no futebol coletivo. O time nem sentiu as ausências de Marcelo, Casemiro e Paulinho. Valeu pela vitória, que devolveu o protagonismo para a Seleção nas Eliminatórias.
Estrela alcança marca expressiva
Mais do que gols, Neymar tem colaborado e muito com a Seleção. Se movimenta e desmonta o sistema defensivo dos adversários com dribles curtos. Quando está inspirado é meio caminho para a vitória.
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