Em fevereiro do ano passado, uma tragédia levou o SeaWorld a pôr um fim ao famoso show das baleias Shamu. Durante uma apresentação, a treinadora Dawn Brancheau foi atacada por uma das orcas e morreu ainda na piscina, diante da plateia estarrecida. O público foi evacuado do parque e o espetáculo, suspenso por um tempo. Mas o trauma já foi superado. Em abril, a equipe de profissionais aproveitou as comemorações do Dia do Planeta Terra (Earth Day) para estrear o One Ocean. Neste show, os instrutores já não fazem tantas estrepolias na água como outrora. Em compensação, as baleias arrancam gritos e gargalhadas dos espectadores com seus saltos e rabadas que jogam água longe, molhando boa parte da arquibancada. Quem fica nas fileiras da frente do Shamu Stadium, então, sai encharcado.

A proposta da exibição é educar e inspirar os visitantes a fazerem diferença no mundo. No ponto alto, é transmitida a mensagem de que os animais e os homens fazem parte de um único planeta, cujo futuro está em nossas mãos. Para tanto, o SeaWorld recorre a um cenário envolvente, com telas de LED panorâmicas, centenas de caixas de som, efeitos especiais, luzes coloridas, jatos d'água e esculturas subaquáticas.

A trilha sonora mescla ritmos de diferentes partes do mundo, e o enorme palco assume a forma de uma imensa cauda de baleia que alterna os tons de azul do espectro do oceano em contraponto com o amarelo e o laranja refletidos no centro para simular o nascer do sol sobre o mar. Um espetáculo realmente único.

E esta é apenas uma das muitas atrações que envolvem água e animais marinhos no SeaWorld. Uma das mais eletrizantes - e imperdível - é a Manta, montanha-russa do tipo voadora (com pés sem apoio), que imita os movimentos de uma arraia gigante.

Assim como a recém-inaugurada Cheetah Hunt, a atração inclui um espaço com cerca de 3.000 bichos - entre eles, um tanque envidraçado com 300 arraias. Os trilhos da Manta passam bem perto da lagoa, mas ninguém nem repara na água diante do friozinho na barriga que o vai e vem dos assentos proporciona, com direito a quatro loopings e a sensação de não ser uma arraia, mas um super-herói voador por pouco mais de dois minutos.

Além da Manta, os viciados em adrenalina contam com a Journey to Atlantis, que despenca na água, e a Kraken, que também deixa os pés pendurados a uma velocidade de 104 km/h.

De resto, é passear pelas lojinhas e curtir as inúmeras atrações envolvendo golfinhos, peixes, enguias e tartarugas marinhas que fazem do SeaWorld o maior parque de vida marinha do mundo. Destaque para o Wild Arctic (morada de ursos polares, belugas e morsas), o Penguin Encounter (ambiente que recria a Antártida, onde 200 pinguins de seis espécies vivem em meio às mais de 2 toneladas de neve depositadas lá a cada dia), os peixes-boi do Manatee Rescue, os tubarões do Shark Tunnel (túnel de acrílico por onde os visitantes passam em meio a centenas de predadores dos mares) e os espetáculos comandados por golfinhos e leões-marinhos. Ou você pensava que só as Shamus se apresentavam por lá?

AQUATICA

Depois de ver tantos bichos nadando enquanto você derrete sob o sol escaldante do verão na Flórida, não há nada melhor do que seguir para o parque Aquatica e se esbaldar nas piscinas com ondas, tobogãs, escorregadores velozes e praias artificiais de areia branquinha.

A grande estrela do pedaço é o Dolphin Plunge: tobogã transparente que atravessa uma lagoa habitada por golfinhos-de-commerson, espécie que parece uma versão em miniatura das temidas orcas. Mas a fila para deslizar pelo tubo é longa. Se você não estiver a fim de esperar, relaxe nas cadeiras de praia ou deixe a correnteza te levar pelas águas do Loggerhead Lane, sem pressa nem tempo de espera.