A escola mais bem avaliada pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Grande ABC foi a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental ) Professor Olyntho Voltarelli Filho, no bairro Osvaldo Cruz, em São Caetano. Para o 1º ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) a escola teve nota em 2015 de 8,1.

De acordo com a coordenadora da instituição, Antônia Nenilma Tavares, um dos principais diferenciais é o investimento na tecnologia. “É um processo que exige muito empenho e dedicação de todos os funcionários. Todas as crianças usam netbooks nas salas, que também são equipadas com lousas digitais.”

A escola mantém 405 alunos, sendo que 235 estudam até o 5º ano. Além dos computadores portáteis e das lousas, que possibilitam que os alunos façam pesquisas na internet, os alunos também contam com quatro mesas táteis digitais, que possibilitam o manuseio através da tecnologia touchscreen. Também há dois computadores com teclado interativo, onde os alunos aprendem a escrever com blocos móveis.

“Na maioria das vezes, eles nem percebem que estão aprendendo. Todos esperam ansiosamente para as atividades, onde englobamos várias disciplinas”, disse Antônia.

Outro diferencial é o reforço oferecido aos alunos. Os professores avaliam o rendimento individualmente e os alunos que não estiverem acompanhando as aulas são encaminhados para aulas de apoio, que são oferecidas duas vezes por semana.

A Emef Anacleto Campanella, no bairro São José, também foi bem avaliada no mesmo período escolar, com nota de 7,9. A cidade também teve escolas com notas altas no 2 º ciclo (6º ao 9º ano), como as Emefs Bartolomeu Bueno da Silva e a 28 de Julho (veja mais informações na arte acima).

A Escola Estadual Joaquim da Fonseca Saraiva, no Parque das Nações, em Santo André, foi bem colocada no 1º ciclo, com nota de 7,9. “Hoje o acesso ao estudo está mais amplo, mas a gente trabalhou bastante para diminuir o nível de evasão”, afirmou a dirigente regional de ensino da cidade, Ariane Aparecida Butrico.

Em São Bernardo, escolas como a EE Rudge Ramos e a EE Maria Regina Demarchi Fanani, foram bem avaliadas do 6º ao 9º ano. “Formamos grupos de trabalho pedagógico em todas as escolas, de acordo com a necessidade de cada uma”, contou a dirigente Suzana Aparecida de Oliveira.

Instituições estaduais têm notas baixas

Santo André e São Bernardo também tiveram baixas notas, apesar das escolas bem colocadas. A maioria delas está concentrada em bairros periféricos e teve notas abaixo de 4 no 2º ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).

As E.E Celso Augusto Daniel Prefeito Engenheiro e a EE Professora Clothilde Martins Zanei, no Jardim Santo André, e a EE Professora Clothilde Peluso, no Jardim Guarará, tiveram notas de 3,4. Conforme a dirigente regional de ensino, Ariane Aparecida Butrico, a localização influi diretamente no rendimento dos alunos.

“São regiões de grande vulnerabilidade e a nota vem junto com o fluxo escolar. Nessas regiões, esses alunos acabam desenvolvendo outros trabalhos, como ajudar o pai na obra ou tomar conta dos irmãos mais novos. Isso cansa a criança e o adolescente”, disse.

Uma das medidas tomadas é a integração entre as famílias e o ambiente escolar. “Você tem um resultado melhor.”

As EE Dr. José Gonçalves de Andrade Figueira, no Jardim Represa, e EE Prof. Palmira Grassiotto Ferreira da Silva, no Parque São Bernardo, tiveram média de 3,3 e 3,4, respectivamente. A diregente de ensino da cidade, Suzana Aparecida de Oliveira, apontou que as escolas com notas baixas vão ter planejamento intensivo.

“Além disso, a nossa meta é que as com nota alta aumentem mais ainda. Vamos trabalhar ainda mais na questão das aulas.”