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Sonho da casa própria vira caso de polícia
Isis Mastromano Correia
Especial para o Diário
31/03/2007 | 00:00
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O sonho da casa própria virou tormento para a auxiliar de farmácia Roberta da Silva Olmedilha, 27 anos, de Santo André. Ela aderiu a um consórcio da empresa Right Place Construção e Intermediações e, depois de pagar a taxa de adesão e duas mensalidades, a empresa simplesmente desapareceu. A promessa era de que tais pagamentos garantiriam a entrada em um novo apartamento.

“Começaram a me enrolar e não cumpriram o prometido; foi por isso que resolvi desistir do consórcio”, diz Roberta. Segundo ela, o caso está no Juizado Especial Cível e, na semana passada, quando o Fórum foi notificar a empresa, descobriu-se que não havia mais ninguém no endereço”, explica.

O contrato foi firmado em junho de 2005. Desde então, Roberta tenta reaver os R$ 750 referentes as duas parcelas que pagou. “Sei que os R$ 1.800 da adesão eu já perdi, o contrato previa isso”.

Roberta descobriu que outras pessoas também tiveram problemas com a Right Place, antes localizada na rua Tijuco Preto, no Tatuapé, Capital. A auxiliar de farmácia registrou reclamação contra a empresa no Procon, que passou a causa para a Justiça comum. “Marcaram (Procon) uma reunião conciliatória com a empresa e apenas eu compareci”, relembra a auxiliar de farmácia. Ela procurou a Right Place por indicação de conhecidos que tinham aderido ao consórcio anteriormente.

A reportagem tentou entrar em contato com a Right Place por meio de três números, mas em todos responde uma mensagem eletrônica atestando que o telefone não existe. No site do Procon, a Right Place figura como a segunda empresa mais reclamada do ramo de habitação em 2006.

A técnica do Procon-SP Renata Reis explica que os responsáveis pela Right Place são procurados pela Justiça por estelionato e sequer tinham autorização para atuar no ramo de consórcios. “O consumidor deve duvidar de propostas muito vantajosas, não existe mágica. Antes de fechar um negócio desse tipo, deve-se pesquisar a empresa e levar o contrato ao Procon para que fraudes sejam evitadas”, recomenda Renata. (Supervisão de Adriana Gomes)



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