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Para o BC, ritmo de recuperação não é claro
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27/09/2009 | 07:08
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Ainda que indicadores mostrem melhora da economia, a velocidade de recuperação da atividade no País ainda não está completamente clara. A avaliação consta do Relatório Trimestral de Inflação divulgado sexta-feira pelo BC (Banco Central). No documento, os diretores afirmam que "embora a incerteza sobre as projeções de crescimento da economia tenha se reduzido, o ritmo da recuperação econômica ainda não está claro". Os diretores do BC afirmam, por exemplo, que "existem incertezas sobre o comportamento dos investimentos".

O documento explica, por exemplo, que apesar da melhoria do clima de confiança, "os níveis de utilização da capacidade instalada ainda se encontram baixos, embora em movimento ascendente". No consumo, a demanda deve ser beneficiada "pela melhora das condições de crédito e por sinais positivos vindos do mercado de trabalho".

Mas a autoridade monetária faz uma ressalva ao lembrar que a retirada de estímulos tributários, como o aplicado aos veículos, "deve funcionar como um amortecedor". Nesse mesmo trecho do documento, os diretores do BC afirmam que "é possível" que bancos privados tomem iniciativas para tentar recuperar suas respectivas fatias de mercado após a forte ação das instituições públicas nos últimos meses. Se confirmado, esse movimento poderá levar a "crescimento mais intenso do crédito, com desdobramentos positivos sobre o consumo das famílias e, em linhas gerais, sobre a atividade econômica".

Outro aspecto citado pelos BC é a velocidade das exportações, que dependem da recuperação da economia mundial, "embora o maior dinamismo das economias emergentes esteja desempenhando um papel importante".

Em seu relatório, o BC elevou ligeiramente a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2009 no cenário de referência. De acordo com o estudo, a expectativa de alta para o índice oficial do regime de metas neste ano subiu de 4,1% para 4,2%.

O BC, presidido por Henrique Meirelles, informou que a projeção oficial para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009 foi mantida em 0,8%. O patamar projetado é o mesmo do relatório de inflação divulgado em julho. A estimativa foi construída no chamado cenário de referência, que pressupõe a manutenção da taxa de câmbio constante no horizonte da previsão em R$ 1,85 e a manutenção do juro básico da economia em 8,75%.




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