A Seleção Brasileira Masculina de Ginástica Artística que representará o País nos Jogos do Rio de Janeiro, em agosto, realizou ontem, em São Bernardo, o último treino aberto à imprensa no Centro Nacional da modalidade, localizado no antigo clube da Volks. Dos sete atletas convocados, seis treinam juntos – Diego Hypólito, Arthur Nory, Francisco Barreto, Sérgio Sasaki e os reservas Caio Souza e Lucas Bitencourt –, enquanto o campeão olímpico das argolas Arthur Zanetti vem realizando preparação no Serc Santa Maria, em São Caetano, na busca pelo bicampeonato.

Dos sete, cinco têm ligação com o Grande ABC: o andreense Diego Hypólito compete por São Bernardo juntamente com Caio Souza, Sérgio Sasaki é atleta do Flamengo-RJ mas é são-bernardense, enquanto Zanetti e Bitencourt defendem São Caetano. E dois deles – Hypólito e Sasaki – conversaram com os jornalistas com discursos similares: tentam manter a tranquilidade na tentativa de afastar a pressão de conquistar medalhas para o País, ainda mais competindo em casa.

“Tenho sonhos altos, mas preciso manter os pés no chão. Meu objetivo é acertar minha prova, que joga a responsabilidade para os outros. Meu papel agora é me sentir vitorioso por ir a minha terceira Olimpíada”, declarou Hypólito, que foi a Pequim-2008 e Londres-2012. “A gente está trabalhando. O resultado que vier, ficaremos felizes. Se conseguir dar meus 100% e ficar em último, estarei feliz. Aguentar a pressão, poder competir e fazer o melhor é difícil, mas é o que me motiva, ajudar o Brasil da melhor forma que posso. Se isso der medalha, bom, se não, ótimo também, porque consegui dar meus 100% assim como em Londres, quando fiz exatamente o que treinei, fiquei em décimo, não me arrependo de não ter ganho medalha e aquilo me motivou mais para essa Olimpíada”, declarou Sasaki.

França alerta para possível atentado do EI a sua delegação

Um deputado francês revelou ontem, durante audiência do inquérito parlamentar sobre os ataques de 2015 a Paris, na França, que um brasileiro integrante do EI (Estado Islâmico) estaria preparando um atentado contra a delegação francesa durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. A informação foi confirmada pelo general Christophe Gomart, diretor de inteligência militar, e afirmou que recebeu a informação por intermédio de “parceiros”. Toda a situação foi publicada pelo jornal Libération.

De acordo com o mesmo general, em afirmação que coincide com o revelado pela organização dos Jogos, o Brasil está se precavendo a situações deste tipo com a criação de um centro antiterrorista, que tem os auxílios das polícias dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Espanha e a própria França.

Entretanto, após a divulgação do caso, a Seseg (Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro) disse que não irá se pronunciar sobre o assunto, enquanto a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República informaram que não foram notificados pelas agências de inteligências francesas.

Durante os Jogos, 22 mil homens e mulheres das Forças Armadas vão efetuar a segurança interna das arenas e área externa dos locais de competição.