Pré-candidatos à Prefeitura de São Caetano, o vereador Fabio Palacio (PR) e o ex-parlamentar Gilberto Costa (PEN) admitiram, pela primeira vez, possível união para a disputa pela sucessão do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), em outubro. A hipotética composição tiraria um dos dois da corrida eleitoral, no intuito de unificar as duas candidaturas e fortalecer a terceira via na cidade.

Na segunda-feira, Palacio recebeu apoio do PSC, depois que o empresário Aparecido Viana desistiu de disputar o Palácio da Cerâmica. Na ocasião, reconheceu que “até a convenção, tudo pode acontecer”. “Existe a conversa (com o Gilberto), mas nada avançou”, sintetizou o parlamentar republicano.

Já Gilberto, que foi secretário de Esportes do ex-prefeito e hoje também pré-candidato ao Paço José Auricchio Júnior (PSDB) e apoiador da candidata indicada pelo chefe do Executivo em 2012, foi além. Disse que existe a possibilidade de abrir mão de candidatura a prefeito para apoiar Palacio, mas que faria apenas com pesquisas eleitorais que comprovem a vantagem do republicano diante seu projeto. “Já decidi com o meu grupo que a gente só vai decidir qualquer tipo de composição com pesquisa na mão. Quem estiver melhor, encabeça a chapa”, frisou.

Segundo apurou o Diário, embora tenham conversado sobre possível união para o pleito de outubro, Gilberto e Palacio ainda não trataram se, caso concordarem com a união das candidaturas, se haverá composição de chapa (um encabeçando o projeto e o outro como vice) ou se um lideraria a disputa majoritária com o outro como candidato a vereador.

Pesquisas extraoficiais realizadas na cidade colocam Gilberto e Palacio no mesmo patamar, a despeito de o nome do político do PEN ter figurado nas urnas na eleição de 2014 e o do republicano não. Gilberto foi candidato a deputado federal e obteve 15.757 votos, insuficientes para conquistar cadeira em Brasília.

Na corrida municipal de quatro anos atrás, Palacio foi o segundo vereador mais votado, com 2.396 sufrágios – ficou atrás de Beto Vidoski (PSDB), que recebeu 3.026. Resultado, porém, bem abaixo dos 5.883 votos recebidos por Gilberto no pleito de 2008, quando virou o vereador mais votado da história da cidade. Em 2012, ele não disputou a reeleição.