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Cliente é atraído por facilidades na hora de pagar, e não pelo preço
Por Tauana Marin
Especial para o Diário
14/09/2007 | 07:12
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Para 92% dos consumidores das classes C, D e E, de São Paulo e do Grande ABC, o preço é o fator mais importante na hora da compra. Porém, no momento de adquirir um produto, as pessoas são motivadas pela propaganda e pelas facilidades de pagamento dadas pelas lojas.

Essas são algumas das constatações de pesquisa feita pela Outstretch, empresa especializada em consultoria empresarial.

O estudo revela que 34% dos consumidores apontam que o desconto nos preços pagos à vista é o mais importante. Outros 28% já priorizaram o valor da prestação mensal e 25% a forma de pagamento. Só 14% das pessoas citaram o preço.

“O consumidor de baixa renda prioriza o pagamento das compras à vista, mesmo diante da falta de recursos. Então, surge a necessidade da compra a prazo e a preocupação com o valor da prestação e os meios de pagamentos disponíveis e viáveis para seu bolso”, explica Sérgio Nardi, diretor da empresa de consultoria.

Segundo ele, nem sempre a loja que os consumidores escolhem têm os menores preços e as menores taxas de juros, mas sim, o atendimento e as condições de pagamento são elementos que definem a compra.

Dos 84% dos consumidores com renda mensal inferior a R$ 1 mil, 54,7% escolhem dividir o preço em uma maior quantidade de parcelas e 45,3% preferem guardar o dinheiro antes de realizar a compra, a fim de dar uma entrada maior e diminuir as prestações.

Outros fatores que atraem os clientes são o “bom e velho” atendimento e a aparência da loja.

A pesquisa, que foi publicada no livro ‘Marketing para o varejo de baixa renda’, ainda revela que a liquidação é uma forma de os consumidores confundirem os juros baixos com o valor da prestação.

Para Nardi, os hábitos destes consumidores devem ser levados em conta pelo varejo, uma vez que já representam 87% da população do País, com capacidade de compra de quase 50% do consumo nacional.

Metodologia - Segundo Sérgio Nardi foram entrevistados cerca de mil pessoas, entre 20 a 45 anos, em São Paulo e no Grande ABC. A pesquisa abrangeu consumidores de grandes redes, como Casas Bahia e Ponto Frio. O estudo foi finalizado no final do ano passado.




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