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Aposentado e mulheres saem no tapa em escola
Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
26/07/2007 | 07:06
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Uma discussão de trânsito envolvendo um aposentado de 73 anos e duas mulheres sócias em transporte escolar acabou em confusão, com direito a golpes de guarda-chuva e rasteira. O episódio ocorreu no bairro Oswaldo Cruz, em São Caetano.

Por volta das 11h30 de terça-feira, o aposentado Orestes Baldoni estacionou seu Pálio na contramão, e na faixa reservada para o transporte escolar em frente à Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Sylvio Romero. “Todo mundo estava parando em fila dupla. Chovia muito e eu só tinha aquela vaga para esperar meu neto”, justificou Baldoni.

Nesse momento, dirigindo a van, chegaram Renata Sciorilli, 33 anos, e sua sócia, Meire Gorete Cândido, 43. Iam buscar quatro crianças que são atendidas pelo serviço de perua escolar delas. Como o Pálio do aposentado estava ocupando a vaga destinada à van, Meire teria pedido a Baldoni que ele tirasse o carro dali.

Baldoni ignorou o pedido e desceu do veículo enquanto aguardava seu neto sair do colégio. Renata, acreditando que o aposentado tinha entrado na escola, acabou acelerando a van e empurrando o carro do aposentado. “Eu encostei de leve, nem amassou”, disse a motorista.

ESTOPIM

A batida iniciou a confusão. Baldoni bateu com o cabo de madeira do seu guarda-chuva na janela lateral da van, que despedaçou. As mulheres desceram e se aproximaram. “Jamais tive a intenção de quebrar o vidro. Queria alertar a motorista que ela estava batendo no meu carro e que eu estava vendo”, disse Baldoni.

Começou o empurra-empurra. O aposentado foi agarrado por trás por Meire. Com o cabo do guarda-chuva, ele empurrou Renata, que estava a sua frente. A motorista, que acabou com um hematoma no peito, se defendeu puxando o objeto.

Os três continuavam agarrados e o tumulto já contava com a presença do vigia da escola, Alexandre Nola, tentando conter a confusão. A essa altura, a camiseta de Renata estava rasgada na gola e o guarda-chuva do aposentado quebrado.

Por fim, Meire ainda deu uma rasteira no aposentado, que caiu no chão, mas não se machucou. “Eu o derrubei para que parasse de bater na Renata”, contou Meire.

DEFESA

À reportagem, tanto as mulheres quanto o aposentado alegaram que apenas se defenderam, e que a agressão teria partido da parte contrária.

Quem levou a pior foi a pequena Thaís, de apenas 7 anos. Ela estava na van e um estilhaço de vidro acabou acertando seu rosto, provocando um pequeno ferimento.

O caso foi registrado no 3º DP de São Caetano e os envolvidos na confusão têm de se apresentar no Fórum no dia 20 de agosto. Um juiz deverá aplicar uma pena para os brigões, que deve acabar no pagamento de cestas básicas, segundo a polícia.



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