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Diego Moraes: estreia 'atrevida'
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
22/06/2010 | 07:02
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Guto Costa/Divulgação


Pluralidade, adaptabilidade e diferenciação deveriam ser os quesitos que mais contam a favor dos candidatos a estrela dos reality shows musicais. Fosse assim, Diego Moraes teria ganho o Ídolos passado, da Record.

‘Poderia ter sido e não foi' à parte, Moraes, que chegou à final do programa, lança agora CD e DVD ao vivo. "Fui bastante atrevido em gravar canções consagradas por artistas de peso na música popular", diz o cantor sobre Meus Ídolos (EMI, R$ 19,90 o CD; e R$ 29,90 o DVD, em média), que traz um mosaico de composições de muitos períodos, movimentos, intérpretes e cantores. Todos revestidos pela personalidade visceral da voz e estilo de Moraes.

"As pessoas da minha faixa etária têm muitas influências. Chegam com artistas de todo tipo na cabeça. Desde Elis Regina a Backstreet Boys. O meu repertório é basicamente composto por tudo que já ouvi na vida", conta o cantor, que acrescenta que a sonoridade é uma só: "O tipo de som é um e está presente em todas as músicas. Sou eu, dentro desse caldeirão, formatando uma nova personalidade às canções que interpreto".

De Garçom, carro-chefe do brega Reginaldo Rossi, Moraes passeia por Cartola, em As Rosas Não Falam, vai de Elis Regina, com Atrás da Porta, e do mesmo compositor, Chico Buarque, lança mão de Partido Alto, em que divide os vocais com Paula Lima. Ainda apresenta Muderno, de sua autoria, em que brinca com o próprio estilo despojado em versos como "Eu olho muito pro céu/ é que eu ando de ônibus/ bebo no copo de requeijão/ combino terno e chinelo".

O jovem campineiro, que até o começo do ano passado cantava nas noites de sua cidade, conta que ter participado do programa foi o seu maior orgulho, e que o trabalho para construir sua carreira e consolidá-la começa agora. "É um trabalho contínuo. Estar no Ídolos é passar por um turbilhão de emoções. Só aqui fora você é capaz de avaliar as consequências do seu trabalho lá dentro e dar continuidade", afirma.

Os shows de divulgação deste primeiro álbum chegam a São Paulo somente em agosto. Depois dessa turnê, muita coisa pode mudar. O ‘atrevimento' de gravar composições de grandes nomes deve ficar de lado. "De agora em diante, para um próximo trabalho, a proposta será outra. Penso em trazer compositores novos, gente do meu círculo, que muita gente ainda não conhece. Repertório é vida".




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