Mães, esposas, filhos e trabalhadores da General Motors, além de operários de outras empresas, compareceram ontem em manifestação realizada em São Caetano, por protesto contra as demissões feitas pela montadora no início do mês. Ao todo, cerca de 250 pessoas participaram do ato organizado pelos funcionários da GM que estão acampados na calçada da empresa desde a noite de domingo.

Os empregados pedem a readmissão dos 419 demitidos após voltarem de lay-off (suspensão temporária de contrata), especialmente daqueles que possuem restrição médica, e têm direito à estabilidade.

Segundo Leandro Toledo, integrante do MTDO (Movimento dos Trabalhadores com Doenças Ocupacionais), o objetivo é chamar atenção da montadora, principalmente para os casos dos sequelados, que dificilmente, aponta ele, conseguirão arrumar outro emprego devido às suas limitações. “Não tivemos nenhum respaldo da GM, mas pelo menos estamos incomodando.”

A manifestação não contou com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, pois foi organizada por integrantes da chapa de oposição. Nessa semana, a entidade conseguiu reverter dez cortes.

O acampamento segue até que a GM se manifeste. Em nota, a empresa disse que foi acordado com os trabalhadores, em assembleia feita pelo sindicato, que, se a economia não melhorasse, o quadro funcional teria de ser reduzido.