"Utilizaremos muitas maneiras para tentar eliminar estes programas", afirmou Rice à rede de televisão NBC. "O presidente George W. Bush estudará todas as ferramentas à nossa disposição para alcançar este objetivo", acrescentou.

Rice foi indagada sobre um informe do The New York Times que citou oficiais de inteligência, segundo os quais Washington pretendia intensificar as ações clandestinas para conter o esforço de armamento nuclear do Irã.

"Estamos tendo sucessos diplomáticos, mas enfrentamos problemas complexos", alegou Rice. "Durante muito tempo, éramos os únicos a acreditar que Teerã estava desenvolvendo um programa nuclear agressivo", frisou.

"Agora, estamos obtendo uma ação mais forte contra o Irã, através da Agência Internacional da Energia Atômica. Esperamos conseguir em setembro uma forte declaração da AIEA, de que Teerã será isolado politicamente se não se submeter ao desejo da comunidade internacional", acrescentou Rice.

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou no mês passado que era "cada vez mais provável" que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se encarregue da questão nuclear iraniana, aplicando eventuais sanções contra a República Islâmica.

Os Estados Unidos acusaram abertamente o Irã de ignorar os apelos internacionais para que suspenda suas atividades nucleares.

Muitos diplomatas consideram que mesmo se Teerã não está trabalhando diretamente neste momento no desenvolvimento de armas nucleares, gostaria de poder contar com esta opção no futuro. No entanto, o Irã nega as acusações segundo as quais estaria tentando fabricar a arma atômica por trás de um programa nuclear civil.