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Funcionários da GM recusam aumento
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
14/09/2007 | 07:00
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Os metalúrgicos da General Motors de São Caetano recusaram, pela segunda vez, a proposta de reajuste salarial feito pela montadora. Para os trabalhadores, os 7,44% oferecidos ainda estão abaixo do que as empresas automotivas podem conceder atualmente.

A rejeição de cerca de 70% dos trabalhadores surpreendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (filiado à Força Sindical), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, que, antes da assembléia, esperava a aprovação da proposta.

“O trabalhador não percebe que há um ganho real imediato com o abono de R$ 2.000. Talvez, mais do que isso não saia. Mas vamos tentar retomar as negociações amanhã (nesta sexta-feira)”, afirma Cidão.

Na nova proposta da montadora, além de manter o índice, ainda havia o abono. Contudo, o percentual de aumento ficaria dividido em 1,23% que já foi concedido em janeiro deste ano e os restantes, 6,21% só viriam em janeiro de 2008.

O vice-presidente do sindicato, Francisco Nunes, esperava que a proposta não passasse na assembléia. “Com as montadoras batendo recordes, os trabalhadores acham que o aumento oferecido não é satisfatório”, explica.

“O desconto do 1,23% e o restante em janeiro deixou o pessoal descontente, mesmo que o abono seja quase mais um salário”, diz Nunes.

O segundo-secretário Mauri Tenório também conta que muitos dos trabalhadores que estão rejeitando a proposta são novos na unidade e ganham o piso ou próximo dele. “Esses metalúrgicos estão apostando na campanha salarial para elevarem seus salários”, afirma.

Para Cidão, a greve não está descartada. “Mas se o trabalhador está preparado para uma paralisação, é outra história”, conta.

Assembléia - Na unidade de São José dos Campos, os trabalhadores aprovaram a nova proposta. Com isso, o sindicato de São Caetano deve ir sozinho para a mesa de negociação.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (filiado à Conlutas), Luiz Carlos Prates, o Macha, criticou a postura dos sindicatos da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que aceitaram o índice de 7,44%, sem melhorias, e dividiu ainda mais a luta conjunta da categoria no Estado de São Paulo.




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