Política Titulo Futuro
Morando condiciona liderança tucana ao pleito

Deputado não descarta duelar com Marinho e assegura que PSDB terá candidato em S.Bernardo

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
02/01/2012 | 07:18
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O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) afirma que a continuidade como líder dos tucanos na Assembleia depende diretamente do processo eleitoral de 2012. Cotado para disputar a sucessão de Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, o parlamentar, que perdeu para o petista em 2008, não descarta outro embate. "Se eu vier a ser candidato, após a minha definição para o pleito, me afasto da liderança. Não dá para conciliar as duas coisas."

Apesar de não garantir a participação direta na eleição, esta é a primeira vez que o tucano fala sobre o tema. Morando não abre mão de candidatura do PSDB na cidade, rechaçando a possibilidade de união desde o primeiro turno com o PPS. "Estamos buscando consenso (dentro do diretório do PSDB) para evitar prévias. Qualquer coisa diferente disso é assunto vencido."

Morando assumiu a liderança do PSDB em março. De acordo com o estatuto da sigla, ele fica no posto por um ano, renovável por mais 12 meses. O cargo exige a discussão de todos os projetos que tramitam na Casa com os demais líderes. "Até março estou na liderança. Dependendo do desfecho do cenário local posso continuar", diz. "Primeiro preciso decidir o passo de 2012, depois fica definido (o resto) automaticamente."

O tucano enfatiza que a liderança o aproximou politicamente do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo ele, essa ligação confere contato maior e contribui para levantar questionamentos em relação à condução de projetos. "A proximidade ajuda a nos impor, mostrar que dá para fazer melhor. Além disso, é inegável que traz avanços políticos. Na primeira eleição (para deputado, em 2002) tive 50,4 mil votos e, em 2010, 138,7 mil."

Ficha limpa - Morando elencou como prioridade para 2012 a articulação para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional da Ficha Limpa, de sua autoria. O tucano justifica que, em decorrência de ter assumido a liderança do PSDB, o foco ficou alterado. "Não quis ser intransigente, até porque na condição de líder, cuido do mandato e da bancada, e especialmente em defesa do governador. Por isso, a negociação de projetos pessoais acaba atrapalhando."

O deputado não conseguiu construir consenso para pautar a Assembleia. Ele ressalta que, apesar de haver propostas parecidas, o texto do mandato é mais incisivo e completo, por isso mais polêmico. A medida visa que funcionários comissionados em todas as esferas de poder tenham ficha limpa. "Envolve Legislativo, assessores de deputados, Executivo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública", contabiliza.

"É uma quebra de paradigma. Não há motivo para não aprovar, mas existe resistência oculta." Segundo ele, o governador Geraldo Alckmin está estudando instituir a proposta por meio de decreto. "Ele me pediu que enviasse minha lei para o Executivo, mas quero tentar aprovar pela Assembleia."




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