Segundo os oficiais, eles teriam organizado o encontro sozinhos, e os EUA não teriam patrocinado. Em 1997, os americanos adotaram uma política de "mudança de regime" no Iraque.

O presidente dos EUA George W. Bush prometeu nesta segunda-feira usar "todas as ferramentas" para derrubar Saddam. Ele é acusado pelos EUA de tentar reconstruir um arsenal de armas de destruição em massa. Bush, porém, ainda não autorizou uma ação militar contra o Iraque como parte da "guerra contra o terrorismo".

O ex-major-general Saad Obeidi, a cargo da área de guerra psicológica antes de desertar em 1986, afirmou que 70 oficiais discutiram documentos sobre a remoção de Saddam, o cenário na área de segurança no caso da queda dele e a submissão das Forças Armadas a um poder civil.

Os desertores iraquianos apresentam diferentes perfis étnicos e religiosos e alguns mantêm vínculos com grupos de oposição.

O ex-chefe de gabinete do Exército iraquiano general Nizar Al Khazraji, que desertou em 1995 e hoje vive na Dinamarca, será uma ausência importante.

Opositores de Saddam dizem que muitos dos adversários do presidente iraquiano guardam mágoas contra os desertores militares, alguns deles acusados de crimes de guerra cometidos em nome do dirigente.