Política Titulo Mesa diretora
Eleição causa briga na Câmara de Diadema

Candidato a presidente, Célio Boi cobra fidelidade de Yoshio e Pastor João, que apoiam Dourado

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/11/2014 | 07:00
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A escolha pelo próximo presidente da Câmara de Diadema motivou acalorada discussão, com direito a acusações e ofensas, entre o vereador Célio Boi (PSB) e a bancada do PRB, dos parlamentares Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes. O episódio ocorreu na noite de segunda-feira, na sede do Legislativo.

Em reunião fechada, Célio Boi, candidato apoiado pelo bloco oposicionista à sucessão da Casa, partiu para o ataque contra os republicanos, alegando falta de fidelidade em torno de sua candidatura à presidência. Na semana passada, a legenda formalizou seu apoio ao postulante governista, o vereador José Dourado (PSDB).

O socialista contava ter a adesão dos dois parlamentares em suposto acordo fechado há alguns meses, e assim somar maioria dos 21 parlamentares da Casa para derrotar o favorito Zé Dourado. Em sua conta, Célio Boi projetava seis votos do PT (única bancada declarada de oposição), dois do PSB, outros dois do PRB e um PR, do vereador Luiz Paulo Salgado, que anunciou postura independente de seu partido – a legenda republicana é representada também por Talabi Fahel, Reinaldo Meira e José Zito da Silva, o Zezito, que já confirmaram voto favorável ao governo.

Procurado, o socialista não foi localizado para comentar o assunto. Entretanto, comenta-se pelos bastidores da Câmara que sua candidatura será mantida e que plano alternativo de alianças já foi iniciado. Fala-se que, até o fim da semana, o posicionamento final deverá ser anunciado e que a tática para a captação de votos tem como alvo vereadores em primeiro mandato.

Na outra esfera, a ala governista também iniciou sua estratégia. A prioridade do grupo é conquistar a adesão dos socialistas. Uma das possibilidades que podem ser colocadas na pauta é proporcionar um cargo de primeiro secretário na mesa diretora.

HISTÓRICO
Eleito prefeito de Diadema em 2012, mas sem a maioria no Legislativo, Lauro Michels (PV) viu seu rival, o PT, com Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, vencer a eleição parlamentar e comandar os trabalhos da Casa em seus dois primeiros anos de gestão.

Hoje, o cenário é outro, Lauro conquistou de forma gradativa maioria entre os vereadores, isolando o PT na oposição. Seu maior desejo passou a ser a eleição como presidente da Câmara de Zé Dourado, líder do Paço na Casa.

Contudo, o PSB, que passou a figurar como figurante no Executivo, buscou sua candidatura, com Célio Boi, e automaticamente ganhou apoio dos petistas e de parlamentares que reclamam da falta de espaço no governo. 




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