A cada ano os Jogos Mundiais Militares se aproximam das Olimpíadas. Atletas de ponta aceitam até passar por adaptação à vida do quartel para entrar na luta por medalhas. Além disso, aumentam o número de competidores e países participantes. Na primeira edição, em 1995, na Rússia, eram 4.000 atletas de 93 países. A partir de hoje, quando a competição tem início, no Rio de Janeiro, serão 4.900, de 112 países. A cerimônia de abertura está marcada para as 16h, no Engenhão.

Entre as estrelas da festa estão a presidente Dilma Rousseff (PT) e o atleta do século, Pelé, responsável por acender a pira olímpica. O ex-craque do Santos, inclusive, já foi o soldado Nascimento na época em que defendeu a seleção das Forças Armadas no começo da carreira no futebol.

"Tudo começou após sermos campeões (do mundo) em 1958, na Suécia. Quando retornei, com 17 ou 18 anos, estava no tempo de servir. Muita gente disse que não era necessário, pois já tinha feito muito pelo Brasil. Mesmo assim, optei por me apresentar ao Exército e fiz tudo com muita honra", lembrou Pelé, que marcou 15 gols pela seleção das Forças Armadas.

Se Pelé não entra mais em campo, grandes nomes do Grande ABC estarão na disputa. O maior deles é Jadel Gregório, recém contratado por São Bernardo, que é o grande favorito ao ouro no salto triplo. Outro nome de peso é o taekwondista de São Caetano, Diogo Silva, que deu adeus ao visual arrojado, raspou o cabelo e fez a barba para entrar na disputa.

Apesar da abertura ser hoje, a bola rolou ontem no torneio de futebol. Com atuação apática, os brasileiros suaram para fazer 1 a 0 na Argélia - gol de Renildo, que está no Exército há nove anos e desde 2006 na seleção de futebol. A partida foi em São Januário.

Nos Jogos Militares serão disputadas 15 modalidades esportivas olímpicas, outras cinco consideradas disciplinas militares e ainda o vôlei de praia, que faz a sua estreia na competição. No total, a delegação brasileira é composta por 268 atletas.