Em meio às dificuldades da Grécia em conseguir crédito no mercado internacional, o governo brasileiro conseguiu vender nos Estados Unidos e Europa US$ 750 milhões de títulos da dívida externa com prazo de vencimento em 2021. Na operação, a primeira captação externa do Tesouro neste ano, o governo obteve o menor ‘cupom' de juros da história para um título soberano do País: 4,875% ao ano.

O cupom representa os juros que o Tesouro têm que pagar todos os anos para os investidores que compraram o papel brasileiro. O pagamento é feito duas vezes por ano.

Até então, o menor cupom de juro obtido numa emissão de dívida externa brasileira havia sido na venda do Global 2041, bônus emitido no ano passado a taxa de 5,625%. Um cupom de juros menor é bom para o Tesouro porque reduz o fluxo de desembolsos anuais do governo até o vencimento do papel. A taxa de retorno ao investidor (yield, ou rentabilidade do papel) ficou em 5% ao ano. Esse percentual é calculado levando em conta o cupom e o fluxo de pagamentos.