O prefeito de São Bernardo, William Dib (PSB), e o presidente estadual do PMDB, ex-governador Orestes Quércia, oficializaram ontem apoio à pré-candidatura do deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Em visita ao Diário, o chefe do Executivo afirmou pela primeira vez, desde a ruptura da chapa majoritária encabeçada pelo ex-prefeito Maurício Soares (PSB), que subirá ao palanque tucano.

Com o posicionamento do socialista, não restam mais dúvidas de que o ex-secretário de Habitação Ademir Silvestre (PSB) abdicará de sua pré-candidatura à sucessão para seguir o líder do grupo. "Estou trabalhando o PSB para apoiar a pré-candidatura do Orlando. Vamos propor aliança proporcional e majoritária e fico feliz com a decisão do PMDB de estar de mãos dadas conosco."

O impasse acerca do nome do vice, no entanto, não foi resolvido. O prefeito assegurou que a chapa será composta com um socialista, mas revelou que a decisão será tomada somente no dia da convenção do partido (29). "Com certeza, o vice será do PSB. Temos 13 vereadores em potencial que podem assumir, além do Ademir, Walter Cordoni (secretário de Saúde licenciado) e Edinho Montemor (ex-deputado federal). Escolheremos o melhor indicado nas pesquisas."

O prefeiturável não escondeu a satisfação em garantir o apoio do padrinho político. "Oficialmente, o anúncio desta composição tem um peso muito grande e será fundamental para minha vitória. As figuras do prefeito e do ex-governador agregam muito, sobretudo porque as histórias das siglas desenham minha trajetória."

APOIO ILUSTRE - A presença de Quércia para ratificar a união ao tucano derrubou o mito de que a aliança com o PT na eleição de 2004 foi positiva. Na ocasião, o então presidente do PMDB municipal, Tunico Vieira - ex-secretário de Relações Internacionais -, foi vice do deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, que obteve apenas 23,7% dos votos válidos.

Embora tenha esclarecido que não há restrições da sigla em compor com o PT, o ex-governador criticou a tentativa de coligação em São Bernardo no último pleito. "Da outra vez, começamos uma composição com o PT e acabamos concluindo que não era uma fria, mas uma gelada porque o partido só pensa em si mesmo."

Quércia assegurou que a tendência era apoiar Dib, mas tentou a união à pedido do presidente Lula. "Nossa questão era estadual, ajudei Lula a fazer alianças, em troca, o PMDB participaria do governo federal. Mas ficou só com a escolha de cargos, diferente do compromisso com o presidente.