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Fofinhos e de bem com o passado
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
05/08/2006 | 08:48
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Sabe aqueles objetos antigos que nossas avós fazem questão de guardar, mesmo velhinhos, para deixar para a próxima geração? Agora, graças a um processo de repaginação que aposta na extravagância, eles podem ganhar uma nova cara, principalmente para atender às dondocas e modernetes em geral.

Há cerca de cinco anos, o designer de interiores Edgard Rapini, de Ribeirão Pires, resolveu dedicar-se à arte de confeccionar peças definidas como bibelôs personalizados.

Além da função decorativa, os objetos também remetem à valorização do antigo, contribuindo, assim, para a preservação da história. Rapini criou (ou recriou, então) trabalhos como o baú-pufe, malas, porta-jóias, espelhos, vasos, caixinhas e relicários.

Aos elementos antigos, o artista acrescentou toques modernos que sugerem leituras estéticas atuais e que fazem grande sucesso em lojas de grife, para socialites e formadores de opinião.

A idéia de criar os “objetos fofinhos”, como ele diz, nasceu durante um aniversário da amiga e ex-apresentadora de TV Astrid Fontenelle. Como não tinha idéia do que comprar, Rapini resolveu colocar a mão na massa e criar ele mesmo o presente.

A investida deu certo! “Astrid, que é superexigente, adorou a caixinha para guardar acessórios revestida com tecidos e aplicações”, conta o designer.

A partir de então, ele decidiu que a calmaria de sua chácara situada na estrada Índio Tibiriçá, em Ribeirão Pires, seria o lugar perfeito para a montagem de seu ateliê. Iniciou assim a nova etapa de trabalho artístico que acabara de desvendar.

Depois, com o tempo, a paixão por criar mimos cresceu. Hoje, o designer dá vida a seus objetos por meio do colorido que surge da mistura de tecidos com estampas floridas, de oncinha, com e sem texturas acompanhadas da técnica da passamanaria (aplicações de bordados, rendas e penduricalhos).

De acordo com Rapini, o tempo consumido para surgir uma peça pode variar de quatro horas a dois dias e meio de trabalho. A dedicação para criar as pecinhas de luxo é sinônimo de lucro certo. Um espelho de parede é vendido por R$ 240, mas, quando revendido, pode chegar a R$ 700. Os preços de seu acervo variam de R$ 150, as peças menores, a R$ 1,2 mil, as maiores.

Os objetos costumam fazer sucesso nas penteadeiras dos quartos de milionárias e também em vitrinas de lojas sofisticadas.

As tendências de moda apresentadas nas passarelas das semanas de moda também ajudam Rapini na hora de desenvolver conceitos. Nessa hora, ensina, o segredo é estar atento aos tecidos e cores que estarão em alta.

Fotoblog: edgardrapini.nafoto.net



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