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Sindicato de Sto.André contabiliza R$ 13,12 milhões pagos em PLR
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
08/07/2004 | 21:54
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O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra anunciou que a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga aos trabalhadores dessas cidades atingiu R$ 13,12 milhões em 2004. O valor, que representa um aumento de 30% em relação a 2003, segundo o presidente do sindicato, Cícero Firmino, o Martinha, pode chegar a R$ 15 milhões. Cerca de 11 mil trabalhadores receberam pelo menos uma parcela da PLR. Outros 7 mil funcionários de pequenas e médias empresas ainda devem receber o dinheiro no segundo semestre.

"Neste ano, os empresários tiveram uma consciência melhor do impacto da PLR na economia da região e também do impacto como estímulo aos seus funcionários. A conjuntura econômica do país ajudou o processo de negociação", afirmou Firmino.

A fase de negociação com as micro e pequenas, no entanto, que deve se encerrar no início do segundo semestre, será mais difícil, segundo o presidente do sindicato. "Essas empresas não têm uma cultura tão forte de pagar a PLR. É preciso um trabalho de convencimento maior."

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa cerca de 90 mil trabalhadores de São Bernardo, também espera crescimento no repasse de PLR – que, em 2003, alcançou R$ 129 milhões – mas não especificou valores.

"Temos uma expectativa de aumento, pois sempre que temos crescimento econômico as negociações ficam mais fáceis e alcançamos melhores resultados. Quando a produção industrial é maior, a PLR também cresce", afirmou o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano não tem estimativas sobre o valor total que será recebido pelos trabalhadores da cidade por meio da PLR.

Aquecimento – Para Firmino, uma das principais consequências do aumento do valor da PLR é o aquecimento da economia do Grande ABC. "Esse dinheiro será convertido em bens comprados aqui e em serviços da região, tornando-se uma importante ferramenta de desenvolvimento."

O metalúrgico Paulo Sérgio Janeiro, 40 anos, que trabalha na Cofap, investiu o valor recebido de PLR (R$ 830, na primeira parcela) na compra de um aparelho de som e na reforma de um cômodo de sua casa. "Não só eu como todos os trabalhadores planejamos comprar alguma coisa com a PLR. É um dinheiro extra que podemos usar da melhor maneira possível."




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