Para conseguir a colaboração da comunidade, a entidade não recorreu a nenhum processo mirabolante. Por meio de folhetos das missas da paróquia, do processo boca-a-boca e do esforço de pessoas carentes atendidas pela entidade o trabalho ganhou reconhecimento. Os principais responsáveis por essa façanha são quatro migrantes nordestinos anônimos, que vestiram a camisa da educação ambiental e se tornaram funcionários da instituição.
O líder do grupo, o pernambucano Severino Paulino dos Santos, 47 anos, afirma que o mais gratificante em seu trabalho é poder ser responsável no reaproveitamento do lixo das ruas. “Para mim e para os meus companheiros, o mais importante, além do retorno financeiro, é ensinar às crianças e aos jovens que o lixo não é lixo e que pode ser pelo menos 80% reaproveitado.”
O trabalho realizado por Santos e mais três colegas no Centro Comunitário Nossa Senhora Aparecida ganhou projeção nacional. O programa de coleta seletiva do grupo vai receber nesta quinta menção honrosa entre os nove finalistas da região Sudeste que disputaram o primeiro lugar da 2ªedição do Prêmio Cempre.
Histórico - O Centro Comunitário foi inaugurado em 1991 e está ligado à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Vila Paulicéia. Além da atuação ambiental, a instituição mantém um trabalho assistencial com 70 famílias carentes e 120 crianças residentes em favelas de Diadema. Esse trabalho é realizado em parceria com a base comunitária da Polícia Militar, a Universidade Metodista de São Paulo e o Frigorífico Marba.
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