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Médico 'esquece' vidro em paciente

Jovem sofreu acidente de moto, foi atendido no CHM e descobriu cacos no braço

Por Maíra Sanches
10/04/2012 | 07:00
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A família do desempregado Danilo Santos Dias, 22 anos, da Vila Lutécia, em Santo André, se diz indignada com o tratamento dado ao paciente no dia 21, quando ele se envolveu em acidente de moto na rua da sua casa.

No pronto-socorro do CHM (Centro Hospitalar Municipal), na Vila Assunção - após supostamente esperar três horas pelo atendimento - uma sutura foi feita no braço esquerdo da vítima, que recebeu 29 pontos, foi medicada e dispensada.

O problema é que, passados 15 dias, Danilo continuou com fortes dores e a família decidiu procurar ajuda com especialista particular. Diversos cacos de vidro foram detectados no exame de raio X, o que assustou e preocupou a família. O rapaz não foi imobilizado, está com movimentos limitados e sob efeito de anti-inflamatórios.

No sábado, a família decidiu voltar ao pronto-socorro do CHM para reclamar e pedir providências. "Disseram que não era nada grave, que os cacos seriam expelidos naturalmente e deram encaminhamento para passar no ambulatório. Nada com urgência, sendo que o médico particular já havia recomendado a cirurgia de imediato", explicou a tia e técnica de enfermagem, Ana Lúcia Soares Teixeira. "Trabalho com Saúde e sei que esse não é o procedimento. No dia do primeiro atendimento, o médico estava mais interessado em assistir ao jogo de futebol", completou.

Os parentes afirmaram que irão protocolar reclamação na ouvidoria do hospital nesta semana. Atualmente, Danilo concorre a vaga de emprego, mas teme perder a oportunidade. "Corro risco de não ser chamado, porque o médico já disse que será preciso abrir a cicatriz. Vou precisar ficar parado", lamenta.

Procurada, a Secretaria da Saúde de Santo André não se pronunciou sobre o caso.




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