Apesar de a polícia de Rondônia suspeitar, no primeiro momento, de latrocínio (roubo seguido de morte), Beiriz não descarta a possibilidade da morte de Apoena ter relação com o trabalho feito junto aos índios Cinta-larga. “O trabalho que a Funai vinha fazendo em Porto Velho em relação aos Cinta-larga era muito pesado. É difícil prever à distância, mas eu não duvido que o assassinato tenha alguma relação com isso. Ele era o coordenador da área e as ações eram muito visadas ali. Vamos esperar as investigações da polícia e ver no que vai dar”, afirmou à Agência Brasil.
O próprio Beiriz, responsável pela demarcação de terra dos Xavante, em Mato Grosso, também é alvo constante de ameaças de morte. “É uma realidade comum. Trabalhar com a questão indígena mexe com interesses políticos e econômicos, principalmente no que se refere à posse de terras. A história da demarcação de terras indígenas está ligada a ameaças de morte”.
O corpo de Apoena Meireles está sendo velado na sede da Funai, em Brasília.
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