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Compasso de espera nas micro e pequenas indústrias

O vasto e pouco conhecido segmento das micro e pequenas indústrias de São Paulo - cerca de 200 mil - vive um momento de desconfiança e expectativa em

Por Wilson Marini
22/04/2013 | 00:00
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O vasto e pouco conhecido segmento das micro e pequenas indústrias de São Paulo - cerca de 200 mil - vive um momento de desconfiança e expectativa em relação à economia. O setor está preocupado com a escalada da inflação e com os níveis de inadimplência do comércio. Aquelas que sofrem o impacto dos produtos importados enxergam deslealdade na concorrência. As informações são baseadas em pesquisa contratada pelo Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo) junto ao instituto Datafolha. O órgão quer criar um indicador das atividades da micro e da pequena indústria paulista, nas quais o Interior Paulista tem um peso bastante expressivo. "Temos de quebrar os paradigmas do passado e estruturar as informações sobre a micro e pequena indústria para que ela possa ser vista por sua diversidade e suas diferenças em relação às grandes", defende o presidente do sindicato, Joseph Couri.

Preocupação e otimismo

A pesquisa revela também que 44% das micro e pequenas preveem situação melhor para abril, mas só 2% esperam forte crescimento no faturamento. Nada menos de 74% dos empresários do segmento preveem a manutenção ou queda nos lucros durante este mês de abril, apenas 18% pretendem abrir novos postos de trabalho neste mês e 39% dizem estar perto do limite da capacidade de produção. Existe, portanto, margem para crescimento, mas a disposição para investir está travada pelo panorama conjuntural. 55% dos empresários apostam no aumento da inflação nos próximos meses, mas esta crença não afasta o otimismo com os demais fatores: 71% dos micro e pequenos industriais de São Paulo mostram-se satisfeitos com a qualidade de sua mão de obra e 51% deles, se fossem começar a empreender a partir de hoje, investiriam no mesmo setor.

Política econômica

Enquanto 63% dos brasileiros consideram o governo de Dilma Rousseff ótimo ou bom (pesquisa CNI/Ibope em março), segundo a pesquisa do Simpi apenas 39% dos micro e pequenos empresários paulistas da indústria compartilham a mesma opinião. Para 45% deles, o governo de Dilma é apenas regular. E quando fazem essa avaliação, estão sendo motivados pela política econômica.

Perfil

Do universo de empresas paulistas na faixa de micro e pequenas indústrias, 48% estão localizadas no Interior, 36% na capital e 16% em outros municípios da Região Metropolitana da capital. A pesquisa do Simpi considera micro indústrias as empresas com até 9 empregados. Aquelas que empregam diretamente de 10 a 50 trabalhadores são consideradas pequenas. O setor mais representativo é o da construção civil (13%), seguido pela confecção (11%) e pelos alimentícios (10%). O levantamento foi realizado num universo de 304 indústrias entre os dias 11 a 26 de março.

Menores infratores

O governador Geraldo Alckmin levou terça-feira (16) ao Congresso Nacional projeto de lei para que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) seja alterado de modo a permitir à Justiça estipular internação de até 8 anos para o menor que cometer crime hediondo; atualmente, o limite é de 3 anos. Alckmin defendeu outras medidas de endurecimento da legislação contra crimes praticados por menores considerando que o ECA é dos anos 1990 e que desde então muita coisa mudou, inclusive o aparecimento do crack. 11% dos casos cometidos por menores reincidentes são homicídios, disse Alckmin em Brasília, com base em dados de São Paulo.

Endurecimento

Outro ponto da proposta de Alckmin prevê que o infrator que completar 18 anos passará para internação em regime especial nas fundações de ressocialização, sendo separado de interno até 17 anos. A transferência para a penitenciária só ocorreria a partir dos 21 anos. Penas para adultos que usarem menores nos crimes seriam agravadas. Alckmin fez as sugestões sem tocar na questão polêmica da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade.

Breves

Investimentos: o grupo alemão Knorr-Bremse, com sede em Munique e líder mundial na fabricação de freios para veículos ferroviários e rodoviários, inaugurou fábrica em Itupeva, orçada em R$ 100 milhões.

Corpo e Mente: em São Paulo, é comemorado no último sábado do mês de abril o Dia do Tai Chi Chuan, arte milenar chinesa que visa propiciar equilíbrio e bem-estar por meio da prática de movimentos corporais lentos e integrados.




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