De acordo com Hugo Nisembaum, diretor da AHN Learning Agency, empresa de consultoria em educação e performance, uma companhia que patrocina e estimula seus funcionários a fazerem um MBA está investindo em si mesma. “É mais barato investir no crescimento de seus funcionários do que buscar talentos em outros lugares. E ainda é possível aproveitar o profissional que está se atualizando para fazer um projeto específico dentro da empresa”, afirma Nisembaum.

O engenheiro Valter Roberto Francisco, de Santo André, tem 52 anos e trabalha em uma multinacional. Ele começou a cursar o MBA em abril do ano passado e garante que voltar a estudar fez muito bem, tanto no aspecto profissional como no pessoal. “Hoje em dia não se pode parar de estudar. Ainda tenho muito o que aprender. Apesar de o MBA não ter uma ligação direta com o meu trabalho, é interessante porque me obriga a estar sempre atualizado e isso é muito bom para minha cabeça e também para minha auto-estima”, diz.

Como o curso não é barato, o profissional tem de estar certo do que quer para não se desestimular no meio do caminho. “Um MBA é indicado para o profissional que quer ser preparado para cargos de diretoria. Dentro da empresa há uma disputa por promoção e a preferência recai sobre quem tem mais títulos. Aquele que se dedica ao curso ganha uma visão abrangente e acha mais fácil resolver problemas”, afirma Roque Roberto Amighini, coordenador geral de pós-graduação da Fundação Santo André. Ele também ressalta que quem conhece mais pode contribuir para o crescimento da empresa.

Entre as disciplinas do MBA estão Economia, Finanças, Marketing, Administração Estratégica, Contabilidade Gerencial e Comportamento Organizacional.

De acordo com Amighini, um bom curso deve mesclar teoria e prática. “O que os alunos mais gostam é de colocar a mão na massa, fazer seminários e discutir propostas. Na pós-graduação eles opinam bastante e desenvolvem massa crítica”, diz. Porém, ele também afirma que o curso exige muita dedicação dos alunos, já que prevê muitas pesquisas e leituras.

“A economia é globalizada e a educação está se globalizando. Quem puder também deve fazer um complemento no exterior, pois isso dá status para o currículo”, diz Joel Vince Teixeira, coordenador dos curso de pós-graduação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), campus Santo André.  

Troca – Além do conteúdo das aulas, os ensinamentos ficam por conta da troca de experiências entre os alunos. “A convivência com outros profissionais é sempre positiva”, afirma Nisembaum, da AHN. Valter, por exemplo, diz que o que mais gosta no curso é a camaradagem entre os colegas. “Eles geralmente são mais jovens do que eu, muitos têm até 30 anos. Mas a gente se identifica e eu procuro transmitir um pouco de tudo o que já aprendi na vida. O clima é gostoso e dá para aguentar o ritmo, já que as aulas acontecem só duas vezes por semana”, diz.  

Especialização – Dentro da categoria lato sensu há também os cursos de especialização. Ambos têm duração mínima de 360 horas e são oferecidos somente para quem possui formação superior.

Há cursos de especialização em todas as áreas. Segundo Amighini, coordenador geral de pós-graduação da Fundação Santo André, os cursos são mais focados em um objetivo e valorizam uma área específica do contexto gerencial. É indicado para quem procura cursos direcionados à mesma área em que atuam no mercado. “Para quem trabalha com marketing, é mais interessante fazer uma especialização do que um MBA, que oferece um conteúdo geral”, diz.

Colaborou Juliana Yonezawa