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Vendas de consórcios avançam 38,4% no País
Por Paula Cabrera
Com Agências
13/05/2010 | 07:00
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A comercialização de consórcios bateu recorde em diversos setores no primeiro trimestre, com o volume total de negócios de R$ 13,7 bilhões. Os números indicam crescimento de 38,4% no segmento em comparação ao mesmo período de 2009. Os dados foram divulgados ontem pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) e indicam expansão de 10% acima do esperado pela associação.

"Estamos conseguindo bons resultados. Costumamos dizer que isso ocorre porque o consumidor tem mudado o perfil. Eles estão mais preocupados em planejar sua compra, em fazer investimentos, formar patrimônio para o futuro. O consórcio dá essa alternativa pois é uma poupança programada. O consumidor está entendendo o consórcio e vendo-o como opção de caminho certo", comemora o presidente da Abac, Paulo Rossi.

O presidente avalia ainda que as mudanças na utilização do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovadas pelo governo no fim do ano passado e que permitem que clientes utilizem o recurso para quitar parcelas ou oferecer lances também ajudaram no aumento da procura.

Ainda segundo a associação, a comercialização de novas cotas subiu 13,9% nos primeiros três meses do ano, somando 498,9 mil, enquanto os participantes ativos atingiram 3,83 milhões no mês de março, com alta de 5,5% na comparação com igual período do ano passado. Em ambos os casos, o resultado é o maior desde 2005.

Por conta da maior participação de clientes e da baixa inadimplência, as contemplações nos grupos cresceram 2,2% na comparação entre os primeiros trimestres, atingindo 237,2 mil sorteados. "Temos notado também que muitos estão oferecendo lances mais altos e isso implica em aumento de contemplações", explica Rossi.

Apesar dos bons números, o presidente afirma que mantém a meta de 10% na expansão do setor neste ano. Ele afirma que a Copa do Mundo e as eleições podem trazer breve estagnação na área. "Somos conservadores. Esses três primeiros meses foram promissores, principalmente nos automóveis e imóveis (veja mais ao lado). O momento econômico é bom, mas estamos em ano eleitoral e de Copa e, por isso, mantemos a mesma previsão."

NOVA CLASSE - A gerente de vendas da Embracon de São Caetano, Leila Lopes Ferreira, afirma que na região, o aumento deve-se, principalmente, à maior procura do negócio pelas classes B e C, que somam até R$ 1.800 de ganhos salariais. "A situação do mercado é bem positiva. A busca dessas classes por esses investimentos por conta da liberação do FGTS ajudou muito", conta.




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