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Liderada pelo PSDB, oposição deve recusar comissões em Sto.André
Por Sergio Kapustan
Do Diário do Grande ABC
13/02/2006 | 07:43
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Os seis vereadores de oposição liderados pelo PSDB devem se recusar a fazer as indicações às oito vagas que as bancadas têm direito nas oito Comissões Permanentes da Câmara de Santo André. Oficialmente, as bancadas têm prazo até quinta-feira para apresentar os nomes ao presidente Luiz Zacarias (PL). Se não houver a manifestação, Zacarias fará as indicações. O presidente, no entanto, defende que as bancadas busquem o entendimento.

Renunciaram às comissões os tucanos Airton Bíscaro (líder da bancada),  e Marcos Medeiros, cujo partido tem direito a outras duas vagas; Aidan Ravin (PPS); Carlos Ferreira (PDT); Carlos Raposo (líder do PV) e Paulinho Serra (PFL). O grupo renunciou às vagas pois pretendia controlar as comissões de Desenvolvimento Urbano, Saúde e Segurança. O PSDB pediu também a indicação de Paulinho Serra, que está se filiando ao partido, para integrar a Comissão de Justiça e Redação, mas a vaga foi recusada.

Com maioria de votos (12 contra 9), os governistas recusaram proposta da oposição e pior: apresentaram chapa única com maioria em todas as comissões. Dos seis oposicionistas, apenas o líder tucano admite ainda uma conversa com a situação. Um dos mais exaltados, Marcos Medeiros defende que o grupo aumente a pressão contra os governistas.

Uma das alternativas, segundo Medeiros, é fechar questão contra projetos do Executivo cujo quórum mínimo de votos favoráveis é 14, como o projeto de concessão à iniciativa privada do Parque Guaraciaba para instalação de área de lazer. A proposta deve ser votada em março.

Nos cálculos de Medeiros, como o governo tem 12 votos, terá que abrir negociação para obter os votos necessários e a oposição mostrar a sua força. “Do jeito que as coisas estão aqui na Câmara, cabe a nós da oposição radicalizar e com certeza quem tem mais a perder é o governo”, reforça o tucano. Líder do governo, o vereador Antônio Leite (PT) minimizou a posição tucana. De acordo com Leite, se o grupo não indicar os nomes às comissões, a situação fará as indicações para completar as comissões. “Fica difícil negociar com alguém que tem má vontade”, respondeu o líder, reforçando que o governo vai apresentar os projetos em plenário e negociar com as bancadas. “Não vamos recuar.”

As Comissões Permanentes foram eleitas no dia 2, porém, apenas duas estão funcionando normalmente: Justiça e Redação e Finanças e Orçamento. As demais comissões – Educação e Cultura; Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social; Saúde, Saneamento Básico, Ecologia e Meio Ambiente; Segurança Pública; e Legislação Participativa – não começaram a trabalhar porque estão incompletas.




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