A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) reiterou ser “tiro no peito das finanças de Mauá” o recém-firmado acordo do prefeito Donisete Braga (PT) com o Tesouro Nacional de repactuação da dívida municipal de R$ 3 bilhões para R$ 482,5 milhões. O acerto será pago ao longo de 20 anos, com retenção gradativa do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que se inicia com 60%, equivalentes a R$ 2,71 milhões, sendo que o repasse cheio seria em torno de R$ 5 milhões. O secretário de Governo, Edílson de Paula (PT), rebateu a crítica e alegou que a “população tem pressa”.

O argumento da deputada e do presidente do diretório mauaense do PMDB, José Carlos Orosco Júnior, é de que o crescimento do valor das parcelas ultrapassará os R$ 5 milhões do FPM quando o acordo completar dez anos – a metade – e , a partir disso, o tesouro municipal terá de completar o pagamento. A peemedebista defendeu a postura dos ex-prefeitos Leonel Damo (PMDB) e Oswaldo Dias (PT), que contestavam judicialmente a Caixa Econômica Federal e o Tesouro Nacional dizendo já ter pago o passivo, durante a retenção do FPM ao longo de nove anos, o que daria quantia de R$ 432 milhões.

“É como tomar remédio errado para doença grave. Ao invés de tomar o correto, que é amargo, se toma o docinho e se sente melhor no momento. Porém, irá morrer lá na frente”, ironizou a deputada.

Para Edílson, insistir no questionamento judicial renderia espera de 15 anos, período em que o FPM continuaria retido.“Somando os nove anos que o FPM ficou retido com mais 15 anos de espera na Justiça, deixaríamos de receber R$ 1,162 bilhão, em uma conta rápida. O povo quer ver as obras acontecendo. Voltamos a ter crédito para investir. O Leonel e o Oswaldo, inclusive, ligaram para o Donisete parabenizando pelo acordo.”