Política Titulo Linha de frente
Gestão Filippi acusa Lauro de não deixar recurso para SPDM

Atual governo diz que teve de aportar R$ 7,5 milhões para garantir salários a terceirizados da saúde que estão no combate à Covid

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
08/01/2021 | 00:34
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O governo do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), acusa a gestão do antecessor, Lauro Michels (PV), de não deixar recurso em caixa para garantir o pagamento a trabalhadores terceirizados da saúde ligados à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) que estão na linha de frente do combate à Covid-19.

Ao Diário, a gestão petista informou que teve de fazer aporte de R$ 7,5 milhões para quitar débitos com a entidade relacionados ao mês de dezembro. O Paço mantém contrato com a SPDM para o fornecimento de diversos profissionais de várias categorias para atuarem em toda a rede municipal de saúde. Ao todo, são 1.437 terceirizados envolvidos, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, além de mão de obra administrativa.

Segundo o governo Filippi, a gestão Lauro teria se comprometido a quitar o débito para evitar o calote de salários junto à SPDM. “A gestão anterior deixou o caixa da Prefeitura sem provisionamento para pagamento da SPDM. Ou seja, muitos dos profissionais da saúde que estão na linha de frente na luta contra a Covid-19 poderiam ficar sem receber. Contudo, o secretário de Finanças, Chico Funcia, e a secretária de Saúde, Rejane Calixto, sob orientação do prefeito Filippi, garantiram o pagamento por meio de recursos vinculados da saúde”, disse o Paço, por meio de nota.

É a primeira manifestação pública do atual governo sobre dados da situação financeira encontrada no Paço. No dia 1º, Filippi prometeu divulgar relatório detalhado nas próximas semanas sobre como herdou a administração de Lauro.

“Já sabíamos que era uma situação grave e que vários compromissos não poderiam ser cumpridos pela gestão anterior. Mas eu pretendo falar disso nos próximos dez dias, com conteúdo, sem achismos. Eu sei que a situação financeira é grave”, disse Filippi na ocasião da posse.

Ao Diário, Lauro admitiu que deixaria dívidas na Prefeitura e atribuiu a situação à crise causada pela pandemia de Covid-19. “A pandemia prejudicou muitas coisas. É óbvio que deixo a Prefeitura com dívidas, isso sempre vai ter. Em comparação à época que eu assumi, deixei com menos dívidas, mas é claro que vão existir débitos. Não tem jeito.”

HABITAÇÃO
Não foi só na área de finanças que a gestão Filippi confrontou o governo Lauro. Ontem, o secretário de Habitação, Ronaldo Lacerda (PDT), sugeriu que Lauro teria entregue unidades habitacionais sem obra concluída. A cerimônia de entrega foi promovida pelo verde dois dias antes de deixar o cargo. “Hoje (ontem) visitei o Conjunto K, na Vila Nova Conquista, e fiquei surpreso pois ainda não há energia no local e algumas obras de infraestrutura ainda estão sendo concluídas. Como assim? Se o prefeito anterior entregou para as famílias, fez propaganda e tudo mais? Agora vamos tratar com responsabilidade, terminar de verdade e entregar de verdade para as famílias a tão sonhada moradia”, publicou Lacerda, nas redes sociais.  




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