Você quer que seus filhos, quando adultos, tenham uma vida financeira estável? E que não se preocupem com o saldo do banco a cada final de mês? Então, por que não ensiná-los desde cedo como administrar o dinheiro de uma forma consciente? É o que propõe o livro Lar S.A. – Você e Sua Família na Rota da Prosperidade (Editora Saraiva, 120 páginas, R$ 31), de Fabrício Pereira Soares e Marcelo Arantes Alvim.

Os professores de finanças começam a obra associando a casa a uma empresa. “O gestor de uma empresa tem de tomar três tipos de decisão para conduzir bem o negócio: de capital de giro, de investimento e de financiamento. (...) Em casa não é muito diferente. Você precisa o tempo todo decidir como e quanto gastar o dinheiro que recebe mensalmente.”

Se a pessoa for materialista e, por isso, extrapola o consumo mensal, tem sérios riscos de não saber controlar as finanças. Para fugir deste tipo de problema, a sugestão é de que, desde criança, lhe seja ensinado o valor do dinheiro. É importante que os pais tenham metas de investimentos como a aquisição de um imóvel, por exemplo, e deixem claro para o filho a intenção.

Também é recomendado mostrar aos familiares o benefício de uma casa própria, para justificar o investimento. “De que adianta ficarmos ilhados dentro de nossa própria casa, zelando pelas finanças da família e fazendo um belo trabalho de desenvolvimento de todas as etapas do orçamento familiar apresentado, enquanto o restante dos membros da família joga tudo pelo ralo?”, questionam os autores.

Já que a ordem é poupar para um melhor investimento, por que não começar a enxugar os gastos? O primeiro passo, advertem os especialistas, é acabar com todo volume de dívidas acumulado. Sem fazer isso fica difícil guardar qualquer quantia.

Após deixar a conta positiva no banco, é hora de pensar em guardar. A dica para obter sucesso nessa intenção é traçar uma meta de investimento e estudar os riscos e vantagens dela.

O livro também dá dicas para reservar parte da renda em planos de previdência privada, no mercado de ações e como entender melhor a economia mundial.

Estabeleça metas de comprometimento para serem alcançados todos os objetivos da família: casa própria, carro, sítio etc.

Administre sua casa como se ela fosse uma empresa: determine o capital de giro, o de investimento e o de financiamento.

Seja um consumidor consciente e compre apenas o que está ao seu alcance e que não interfira nas finanças da família.

Estabeleça uma parte de seu salário para compras pessoais e evite gastar além disso.

Enxugue os gastos supérfluos e elimine toda a dívida contraída. Não dá para poupar dinheiro sem se preocupar com os juros de um débito a pagar.

Dê prioridade a dívidas como cartão de crédito, aquisição de veículos, de imóveis. Se não forem pagas o quanto antes, os reajustes podem ser altos.

Caso tenha dinheiro sobrando, invista em algo que possa render no futuro. Mas antes disso, estude os riscos do investimento – fundos de investimento, poupança, ações – para não sair no prejuízo.