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Republicanos querem mostrar Bush como líder ideal em convenção
Da AFP
24/08/2004 | 21:00
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Os republicanos tentarão na próxima semana, durante a convenção nacional que será realizada em Nova York, apresentar o presidente George W. Bush como um líder em tempo de guerra que merece ser reeleito no dia 2 de novembro deste ano.

Calcula-se que cerca de 50 mil delegados e jornalistas estarão presentes à convenção republicana, que será realizada de segunda a quinta-feira em Nova York, cidade tradicionalmente democrata.

A segurança será extremamente reforçada em virtude do temor de atentados terroristas e dos mais de 250 mil manifestantes anti-Bush que devem se reunir na cidade. Mais de 10 mil policiais estarão a postos no Madison Square Garden, onde acontecerá a convenção republicana, e nas ruas em torno do ginásio, que terão o acesso bloqueado.

Como uma das bandeiras de Bush em sua campanha pela reeleição é justamente a "guerra contra o terrorismo", os republicanos decidiram se reunir a apenas 5 km de onde estavam localizadas as torres do World Trade Center, destruídas pelos ataques de 11 de setembro de 2001, que deixaram cerca de 3 mil mortos.

Enquanto isso, as últimas pesquisas apresentam uma leve vantagem do candidato democrata, John Kerry. A popularidade de Bush caiu para menos de 50%. A maioria dos americanos, por sua vez, acredita que o país está caminhando na "direção errada".

Praticamente a metade dos americanos está descontente com as ações de Bush no Iraque e a economia voltou a mostrar sintomas de debilidade, logo depois de Bush ter mencionado "sinais de progressos".

Em meio a esse panorama, os republicanos tentam impulsionar a candidatura Bush. "Temos um balanço positivo. Levamos adiante a guerra contra o terrorismo. O mundo está mais seguro graças às nossas iniciativas. O Afeganistão não é mais dirigido pelos talibãs. Saddam Hussein está na prisão. Muamar Kadhafi abandonou suas armas e o Paquistão é um aliado na guerra contra o terrorismo", afirmou Bush na segunda-feira, depois de uma reunião com seus colaboradores - incluindo o vice-presidente Dick Cheney - em seu rancho em Crawford, no Estado americano do Texas.

"Deveríamos discutir neste momento quem é o melhor para defender o país na guerra contra o terrorismo. Tento convencer os americanos de que estou em melhor posição para dirigir o país", acrescentou Bush.

Os republicanos também pensam em criticar Kerry na convenção, apresentando o democrata como um liberal voltado para a esquerda e inclinado a piruetas políticas. Mas ao mesmo tempo, eles têm de tomar cuidado para não passar uma imagem muito de direita. Na convenção de 1992, quando George Bush (pai) tentava a reeleição, a ala mais à direita do partido monopolizou a palavra, o que afugentou os eleitores moderados e facilitou a vitória de Bill Clinton.

Desta vez, os republicanos vêm se preocupando em escolher personalidades menos radicais, como o ator e governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e o senador John McCain. Uma das grandes armas é o senador democrata Zell Miller, que vem apoiando Bush e criticando o candidato de seu próprio partido.




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