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Servidores de Diadema param nesta quinta-feira por reajuste
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
24/11/2005 | 08:16
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Os servidores públicos de Diadema cruzam os braços nesta quinta-feira a partir das 12h em uma paralisação de advertência por reajuste salarial. A categoria tem mais de seis mil pessoas no município e o Sindicato dos Servidores Públicos espera a participação de pelo menos 700 trabalhadores na assembléia que será realizada a partir das 14h, em frente à Câmara, como parte do protesto. O motivo da manifestação é a falta de acordo com o Executivo sobre aumento de salário. A rodada de negociações, realizada nesta quarta-feira à tarde, não avançou.

Mesmo sem apresentar proposta concreta de reajuste, o Executivo ampliou o número de representantes na mesa de negociações. Além do secretário de Administração, Donisete Fernandes dos Santos, passam a fazer parte do grupo o secretário de Governo, Osvaldo Misso, e o secretário de Comunicação, Arquimedes Andrade.

Segundo a presidente do sindicato, Kátia Vassoler, o governo voltou a falar sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Executivo. Mesmo assim, a sindicalista se mostrou decepcionada com a falta de acordo. "Continuamos como antes. Eles disseram que a possibilidade de reajuste só será pensada em março do ano que vem. Não dá para aceitar isso", diz a presidente, que não descartou a possibilidade de greve geral. "A direção do sindicato vai se reunir nesta quarta-feira a noite e decidir o que apresentaremos aos servidores durante a Assembléia. Mas o que já sabemos é que não dá para esperar até março", completa. Estudo encomendado pelo sindicato ao Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) constatou que de janeiro de 1997 a setembro de 2005 as perdas com inflação atingem 53,52%.

O secretário de Administração admite a necessidade de reposição salarial, mas diz que é necessária a implantação de política que envolva também o Plano de Cargos e Carreiras, que deve durar de quatro a seis meses. "Nós precisamos aplicar uma política de reajuste salarial. Para isso, precisa analisar a conjuntura do momento. Nós estamos dispostos a abrir nossa contabilidade aos técnicos do sindicato. Não queremos esconder nada. Mas essa consolidação demoraria de quatro a seis meses. Não tem como ser feita antes", diz.

Apesar de reconhecer o direito do sindicato e do trabalhador em realizar greve, Donisete deixou claro que a Prefeitura pretende descontar dos salários o período em que os servidores estiverem fora de serviço. "A decisão de parar o trabalho é de cada um. O que nós temos é que garantir o atendimento à população. Quem não tiver o registro de que trabalhou no período, com certeza tomaremos providências", avisa. A nova rodada de negociações está marcada para esta sexta-feira, a partir das 14h, na Prefeitura.




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