A façanha da National Gallery implicou complexas negociações com os museus mais importantes do mundo, entre eles o Louvre, em Paris, o Prado, em Madri, e Hermitage, de São Petersburgo.

Mas uma das surpresas da exposição vem do Brasil. Emprestada pelo Masp (Museu de Arte de São Paulo), que a adquiriu em 1954, a Ressurreição de Cristo, tela pintada por Rafael em 1501 e que se caracteriza por seu movimento e grande força emocional, nunca tinha sido vista na Grã-Bretanha. Espera-se um público de 18 mil pessoas.

A exposição, intitulada Rafael - de Urbino a Roma, compreende 100 obras, 81 delas de Rafael, e se concentra nos primeiros anos da carreira precoce deste grande artista da Renascença, que nasceu em Urbino e aos 20 anos já tinha executado obras que chamaram a atenção do Papa, em Roma.

O valor inestimável das pinturas e dos desenhos de Rafael, bem como sua fragilidade, tornaram muito difícil a tarefa de reuni-las num museu. "Nenhuma exposição será tão difícil como esta, devido ao calibre do artista", afirmou Carol Plazzotta, que trabalhou durante seis anos com Tom Henry para montar a exposição. Foi, acrescentou ela, um esforço "épico".