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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Diarinho
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Tira-dúvidas
Por que o tamanduá não tem dente?

Animal, carnívoro, se alimenta de cupins e formigas, insetos macios e que não exigem mastigação

Yasmin Assagra
Diário do Grande ABC
24/07/2021 | 23:59
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Nario Barbosa/DGABC


Tamanduás são facilmente reconhecidos. Basta dar uma olhada no tamanho do nariz – que, na verdade, chama-se focinho – para identificar o bicho. Outras de suas características são bastante curiosas, embora não tão evidentes. Como o fato de não possuírem dentes, apesar de serem carnívoros, ou seja, de se alimentarem de outros animais.


Os tamanduás não precisam de dentes porque se alimentam de cupins e formigas, insetos que, embora possuam exoesqueleto de quitina, são relativamente macios e não têm de ser mastigados.


Para capturar a comida, os tamanduás introduzem sua longa língua, que, em alguns casos, chega a 60 centímetros, nos cupinzeiros (ou formigueiros). Os insetos ficam grudados nela por causa da saliva viscosa. Depois, só precisam recolher a língua e engoli-los inteiros.


O focinho longo que esses mamíferos apresentam serve exatamente para ‘acomodar’ a língua. Os membros anteriores desses animais, ou seja, as patas, são muito fortes e dotados de garras poderosas. Elas servem para abrir fendas nos ninhos de formigas ou cupins e também como meio de defesa – daí resulta, por exemplo, a expressão do ‘abraço de tamanduá’, geralmente quando são bem fortes.


Os tamanduás vivem exclusivamente nos países da América Latina, inclusive no Brasil. Eles pertencem à Ordem Pilosa, a mesma dos bichos-preguiça, e são divididos em quatro espécies: tamanduaí (Cyclopes didactylus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tamanduá-de-colete ou tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e tamanduá-do-norte (Tamandua mexicana), o único que não ocorre em território nacional.


No Brasil, é possível encontrar com mais facilidade o tamanduá-mirim e o tamanduaí. Inclusive, no Zoológico Municipal de São Bernardo, localizado no Parque Estoril, existe um casal de tamanduá -bandeira e uma fêmea de tamanduá-mirim. No momento, por causa da pandemia, o espaço está fechado para o público.


Campos abertos e beiras de floresta são os locais escolhidos pelos tamanduás para sua moradia. Esses animais correm muitos perigos. Queimadas, desmatamento e a construção de estradas próximas de onde vivem as espécies colocam-nas em risco constante – é cada vez maior o número de atropelamentos. Preservá-las é obrigação de todos, pois elas ajudam no equilíbrio geral do ecossistema. 




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