A caixa de papelão que iria para o lixo se transformou em um lindo unicórnio, brinquedo que diverte Maria Luiza da Silva Dias, 5 anos, moradora de Santo André. A mágica foi feita pela mãe, a autônoma Kethlin Nunes, 26, que recorreu à sua habilidade manual para dar as primeiras noções de reciclagem à filha.

“A pandemia despertou a artista aqui em casa”, conta Kethlin, dizendo que a quarentena aumentou a produção de lixo. Mais uma razão que ela encontrou para reformular os hábitos domésticos, com o objetivo de proteger o planeta. “Entrou em nossa rotina o hábito de separar os resíduos. Nada jogamos fora.”

É assim também na casa dos irmãos Lorenzo, 5, e Leonardo Silva Lopes, 7, também de Santo André. Orientados pela mãe,

a assistente administrativa Gabriela Oliveira, 25, eles já compreenderam a importância da coleta seletiva.

“Sacos pretos já sabem que é para o lixo orgânico. Caixas de papelão são recicladas”, ensina a mãe. Os primeiros são utilizados às segundas, quartas e sextas-feiras e servem para depositar os resíduos que não poderão ser reaproveitados, como restos de comida e cascas de frutas. No sábado, a família se reúne para separar os materiais que podem ser reciclados.

Os irmãos decidiram que garrafas PETs são encaminhadas a ONGs (Organizações Não Governamentais) que acolhem animais abandonados. Já os lacres das latinhas são vendidos por eles mesmos a empresas de reciclagem. O dinheiro fica com a dupla, que pode utilizá-lo para comprar brinquedos ou roupas.

Dar destino adequado aos resíduos produzidos em casa ajuda a preservar o meio ambiente. A Abal, uma associação que reúne as empresas de alumínio, diz que o Brasil é líder mundial na reciclagem de latinhas, reaproveitando 97,6% delas. Dessa maneira, economizam energia e protegem o meio ambiente.

Maria Luiza, Lorenzo e Leonardo já entenderam que pequenas atitudes podem, além de ajudar o planeta, ser bastante divertido – ainda mais quando se tem de ficar muito tempo em casa.