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Professor de artes marciais reclama de constrangimento
Por Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
01/04/2004 | 21:21
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O professor de artes marciais Tiago Jorge Tavares da Silva, 22 anos, disse que passou por constrangimento ao sair da unidade da Coop na avenida Perimetral, em Santo André, na última terça-feira. Ele, que pela manhã tinha ido à sede da Força Sindical, no Centro, à procura de emprego, entrou no supermercado para comprar velas e um pacote de biscoito antes de voltar para casa, na Vila Luzita. Ao sair da loja, já na rua, ele foi abordado por um segurança, que o acusou de roubar o biscoito.

 “Como eu não estava com o cupom nas mãos (ele deixou o comprovante da compra na caixa registradora), fui encaminhado à gerência, no piso superior do supermercado. Começaram a me perguntar porque eu tinha roubado o biscoito e chegaram a abrir minha mochila para ver o que tinha dentro. Eles me acusaram de levar sem pagar até o desodorante que tinha comprado há mais de um mês”, disse.

O mal-entendido só foi resolvido quando Tiago pediu à gerência que analisasse os registros do caixa ou circuito interno de TV para comprovar que ele não estava mentindo. O ombudsman da Coop, Edmilson Sena da Silva, confirmou que o ocorrido foi um mal-entendido. Segundo ele, a gerência, ao perceber o “engano de pessoa”, pediu desculpas ao professor e à mãe dele, que ligou para o supermercado ao saber do caso.

O advogado especialista em defesa do consumidor e diretor da comissão de defesa do consumidor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Caetano, Sergio Tannuri, disse que o supermercado pode averiguar se houver suspeita de algum consumidor, porém sem submetê-lo a constrangimento público. Neste caso, quem se sentir lesado pode entrar com uma ação por danos morais. A dificuldade de Tiago, na opinião do advogado, é que ele não tinha a nota fiscal em mãos para provar o mal-entendido.




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