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Centrais fazem marcha por aumento do mínimo e correção do IR
13/12/2004 | 10:02
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A CUT (Central Única dos Trabalhadores) inicia nesta segunda-feira a marcha a Brasília para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ampliar o reajuste já prometido para o salário mínimo – que pode chegar a R$ 300.

Caravanas de todo o país, incluindo do Grande ABC, chegaram no domingo a Valparaíso (GO), de onde cerca de dois mil militantes da CUT e outras centrais – como a Força Sindical e a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) – partirão para uma audiência esperada com o presidente Lula para quarta-feira. Serão cerca de 30 quilômetros de caminhada.

Além do reajuste, as centrais insistem na adoção de uma política de recuperação do mínimo a médio prazo. A correção anual do benefício pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e aumento real igual ao PIB (Produto Interno Bruto) per capita, defendida pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, é considerada insuficiente pelos sindicalistas.

As centrais também pressionarão o governo federal durante a marcha pela correção da tabela do imposto de renda, que foi pauta de uma reunião no último dia 8 entre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente da CUT, Luiz Marinho, o presidente do Sindicato do Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, e outros sindicalistas.

Os representantes das centrais querem 17% de reajuste para a tabela – que poderá ser “parcelado” – e a adoção de um sistema que corrija a tabela anualmente pela inflação.

Salário – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne nesta segunda-feira a coordenação política do governo para tentar definir o novo valor do salário mínimo. Lula pediu aos ministérios da Fazenda e do Planejamento que refaçam as contas, pois sua intenção é anunciar um mínimo de R$ 300. A quantia representa um aumento real de 8%, acima da inflação, e um impacto adicional de R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2005.

Lula quer evitar o desgaste político do ano passado, quando uma queda-de-braço dentro do governo consumiu 12 dias de discussão. Pior: na última hora, o mínimo ficou abaixo do que ele gostaria, em R$ 260. Desta vez, o presidente se antecipou e encomendou vários estudos técnicos sobre o assunto.




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