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Prefeitura e Estado são alvos de ataques em ato
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
01/04/2004 | 20:30
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O protesto para cobrar a reconstrução da ponte que passava – caiu há 18 meses, após temporal – sobre o ribeirão dos Meninos, na divisa entre São Caetano e São Paulo, virou nesta quinta palco para alguns políticos do PT. O ato público teve de tudo: carro de som, discursos inflamados, panfletagem, faixas, cartazes, bloqueio da avenida, bolo de ameixa e até mesmo pessoas com nariz de palhaço. Por se tratar de área de divisa, o custo da obra, orçada em R$ 990 mil, será bancado pelas prefeituras de São Caetano e São Paulo e pelo governo do Estado.

Os alvos dos ataques foram a Prefeitura de São Caetano e o governo do Estado, rivais do PT. Porém, os críticos se esqueceram que a Prefeitura de São Paulo foi a última a aprovar na Câmara, no dia 30 de outubro de 2003, a lei que autorizava a celebração do convênio. Também foi a última administração a entregar a documentação que faltava para o processo ao Estado, dia 13 de fevereiro. No mesmo dia, fez o empenho de R$ 330 mil, conforme edição do Diário do dia 19 de novembro do ano passado, um dia antes de os moradores comemorarem um ano sem a ponte. São Caetano aprovou em agosto e fez a reserva da verba dia 22 de julho de 2003.

Quarta-feira, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão do Estado, também fez a reserva de empenho de R$ 330 mil, segundo a assessoria de imprensa. A liberação da verba por parte do governo do Estado foi, aliás, bastante cobrada no ato público. Nesse quesito, coube ao governo a lanterna. Na edição desta quinta do Diário, o superintendente do Daee, Ricardo Daruiz Borsari, informou que até a próxima quarta-feira o convênio deverá ser assinado pelas três partes. Antes, porém, o governador Geraldo Alckmin tem de autorizar a assinatura do convênio, segundo Borsari.

Só depois de o convênio ser assinado é que se dará início ao processo de licitação para escolha da empresa que irá tocar a obra. Isso caberá a São Caetano. Porém, tudo isso foi relegado na manifestação desta quinta, que, segundo os organizadores, reuniu em torno de 400 pessoas. Para a Polícia Militar, cerca de 200. “Não sei de quem é a culpa. Há um ano e meio estou usando nariz de palhaço”, disse o aposentado Nilson Gonzaga da Silva, 49 anos, morador no Conjunto Habitacional São Caetano, que fica localizado no Jardim Patente, na capital. Ele ainda pediu por segurança. “A passarela (montada no local para uso dos pedestres) está sendo alvo de assaltos, principalmente à noite”, afirmou.




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