O Água Santa está mais vivo do que nunca na luta pelo acesso para a elite do futebol paulista – a equipe caiu para a quinta colocação da Série A-2, ontem, com a vitória do Novorizontino sobre o União Barbarense por 2 a 1 –, e grande parte da responsabilidade recai sobre o atacante Rafael Martins. O jogador, 32 anos, tem conseguido excelentes atuações com a camisa do Netuno nas últimas rodadas e marcado gols decisivos na reta final da competição, como os dois na vitória (2 a 1) diante do Atlético Sorocaba, sábado, e os três diante do União Barbarense (3 a 2), há 15 dias.

Apesar do momento, o artilheiro do time, com nove gols, distribui os méritos com os companheiros. “Não importa quem faça os gols, o time tem de vencer. Isso é o mais importante. Temos uma equipe forte, tanto que os gols estão divididos entre os jogadores e todo mundo tem feito muito bem a sua parte”, comentou Rafael Martins, lembrando que o meia Francisco Alex e o também atacante Júlio Madureira já balançaram as rede seis vezes cada um.

Acostumado a colocar a bola no barbante, Rafael Martins comemora, sobretudo, a confiança que os gols têm trazido ao time e também a ele. “Claro que é importante para todo mundo. Você fica bem mais seguro no momento de arriscar um chute. Quando a fase é boa tudo acontece com mais naturalidade”, assume o artilheiro.

Com o tropeço do Oeste, que não passou de empate com o Monte Azul (1 a 1), domingo, o Água Santa só depende de suas próprias forças para conseguir o inédito acesso para a Primeira Divisão. Caso o time consiga derrotar o próprio Monte Azul, sábado, no Estádio do Inamar, e o Velo Clube, dia 3, em Rio Claro, o Netuno chegará aos 38 pontos e só poderá ser ultrapassado por Independente ou pelo Oeste, que se enfrentam na última rodada, em Itápolis.

Mesmo com a aparente facilidade para conseguir o objetivo, Rafael Martins recomenda atenção, especialmente após o time cair para a quinta posição. “Pegamos o Batatais em casa e perdemos. Não dá para bobear. Enfrentar os times que estão na parte de baixo da tabela é bem mais complicado, porque eles não têm mais o que perder. É só pegar a Matonense como exemplo, que embalou e deixou a zona de rebaixamento. Precisamos entrar com atenção contra o Monte Azul e contra o Velo Clube para fazermos a lição de casa”, afirma o goleador diademense.