A mesa diretora da Câmara de Diadema - eleita para o biênio 2011/2012 - se reuniu ontem para fazer balanço dos 120 dias de gestão e destacou que os trabalhos, coordenados pelo presidente Laércio Soares (PCdoB), são mais "socializados" do que a gestão passada de Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). A atual direção representa ruptura de 12 anos de gestões petistas na Casa.

Laércio iniciou as considerações destacando que as informações são importantes para condução dos trabalhos e que, agora, elas estão disponíveis a todos os vereadores. "Nós não olhamos para chapa, se esse ou aquele apoiou o outro. Tentamos incluir todos no debate. Somo dirigentes de todos", avaliou o comunista. O presidente derrotou Maninho para eleição da mesa com apoio de PSDB, PSB, PSC, PRB e PTB. O principal discurso foi o de encerrar a hegemonia petista.

A 1ª secretária, Marion Magali de Oliveira (PTB), que também fez parte da gestão de Maninho em 2002, afirmou que sentiu a falta de informação.

Outro embate entre a direção da Câmara e o PT, será o orçamento municipal. O comunista quer cobrar do prefeito Mário Reali (PT) 6% das finanças municipais a que o Legislativo tem direito. Nos últimos 12 anos, a Câmara trabalhou com recursos variando de 2,5% a 3,5%. Com o orçamento turbinado, Laércio disse que pretende deixar uma "sementinha" para construção de sede.

Em sua defesa, Maninho, disse: "Ninguém pode questionar a transparência da nossa gestão, pois fomos nós que disponibilizamos tudo na internet."

Além do fogo amigo, Laércio destacou o projeto iniciado em sua gestão de consolidação da legislação municipal, com objetivo de facilitar interpretação eliminado leis iguais. "Em no máximo 50 dias vamos submeter o projeto de lei para votação no plenário", afirmou.